Murilo F Bertolino

Ensaio Opcional 18/02

Classificar é um ato comum e necessário da humanidade. Classificamos objetos, livros, filmes e basicamente tudo o que conhecemos a fim de podermos nos referir a essas coisas e agrupá-las. A classificação em si normalmente não é um ato muito elaborado: os planetas, por exemplo, são classificados a partir de letras e números como numa placa, e são gravados independente de sua região, constelação ou distância em relação à terra. No entanto, ao classificar a vida, as regras são mais complicadas. Isso se dá pela tentativa de inserir nessa classificação a ideia central da biologia: a evolução. Desse modo, os organismos são organizados de acordo com seu grau de parentesco e pela sua conexão temporal e relação filogenética entre grupos de indivíduos, a partir do princípio evolutivo de que os organismos se modificam a cada geração, gerando vantagens ou desvantagens que permitem ou não sua sobrevivência.

Ensaio 03/03

Um texto científico deve ser objetivo. A ciência é uma forma organizada de conhecimento e é natural que sua escrita siga o mesmo caminho. Por isso, textos ambíguos e paradoxais comprometem o entendimento do interlocutor e fazem com que ele rapidamente perca o interesse no assunto em questão. O raciocínio também não deve ser quebrado ou difuso em meio a floreios ou recursos de linguagem elaborados. O interlocutor deve se ater a mensagem que o texto em questão busca passar. Devido a isso, a mensagem deve passar 100% da informação desejada, sem se exceder ou pecar na quantidade de informações, da maneira mais clara e objetiva possível.

Comentário de Bruno Bezerra: Existem pequenos trechos/palavras pontuais no texto que retomam uma ideia indireta ou circular. Isso acontece no fim do segundo período e no terceiro. Além disso, o último período poderia ser quebrado nas vírgulas e posto em diferentes períodos.

Ensaio 10/03

A existência de carapaça provavelmente conferiu uma vantagem evolutiva para amebas tecadas. Esse fenômeno pode ser constatado ao analisar as linhagens dentro do grupo dos Amebozoa. A linhagem que possui carapaça é extremamente mais diversa que as linhagens que não a possuem. Portanto, a teca das amebas deve ter aumentado seus números na natureza. Esse sucesso permitiu a ocupação de novos nichos e espaços e, consequentemente, a diversificação dessa linhagem. No entanto, é importante notar que a carapaça pode ser meramente uma característica de fácil caracterização que transforma essa diversidade num artefato, mascarando a real comparação de diversidade entre as linhagens de amebas tecadas e não tecadas.

Ensaio 17/03

A sustentação do supergrupo excavata como monofilético é muito controversa. Isso se dá pois o grupo foi proposto baseado em caraterísticas morfológicas como inserção de flagelos raízes flagelares e sua interação com o suco ventral. Por isso, muitos estudos moleculares desconstroem a hipótese do monofiletismo. Estudando o monofiletismo de outros grupos nota-se que, comparativamente, o grupo dos excavata raramente se mantém monofilético. O supergrupo também é problemático mesmo no quesito de filogenias moleculares, devido a suas altas taxas evolutivas. Assim, os excavata permanecem até hoje como uma incógnita nos estudos filogenéticos devido a sua sustentação em caracteres fracos e suas altas taxas evolutivas.

Ensaio 30/03

A hipótese da endossimbiose, proposta por Lynn Margulis, foi revolucionária para a época. A proposta de endossimbiose se baseava principalmente nos mecanismos de estruturação da mitose. Segundo Lynn Margulis, a endossimbiose mitocondrial teria ocorrido primeiro e, logo em seguida, a endossimbiose de espiroquetas com o mecanismo citoesqueletal. O organismo citoesqueletal seria crucial pois organizaria a distribuição das organelas simbióticas durante o processo de mitose. Essa proposta foi revolucionária pois além da hipótese de endossimbiose, também foram feitas predições a partir das consequências da endossimbiose, como presença de DNA mitocondrial reduzido, maquinário proteico e moléculas pequenas. Incrivelmente, boa parte dessas predições foram encontradas hoje em dia, com exceção da endossimbiose citoesqueletal. Para resolver esse problema, supõe-se que o organismo hospedeiro da endossimbiose já possuia maquinário citoesqueletal.
Comentário por Eduardo Rossener (5 de maio): o parágrafo está quase todo coeso, com exceção da oração-título. O resto do parágrafo não explica por que a hipótese foi revolucionária. Seria interessante tentar substituir a palavra "endossimbiose" ou deixá-la implícita sem citá-la, porque é repetida várias vezes.

Ensaio 14/04

Fósseis muito antigos dependem invariavelmente de estratigrafia. Isso acontece pois, devido à idade, tais fósseis não possuem isótopos que permitem a datação direta. Desse modo, é muito difícil mensurar a idade exata desses fósseis. Assim, a idade de tais fósseis é somente estimada com base na camada de sedimentos em que ela se encontra. A estimativa de idade desses sedimentos é feita baseada em eventos arquelógicos bem definidos e que podem ser datados. Mesmo assim, em certas regiões, as evidências desses eventos nem sempre podem ser encontradas, o que dificulta ainda mais a datação de fósseis muito antigos.

Comentário de André Lima: Repetiu as palavras fósseis e idade diversas vezes, o que torna a leitura repetitiva. O termo "eventos arqueológicos" podia ser melhor explicado.

Aula Origem da Fotossíntese

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