Clarice Thomaz

Ensaios

Ensaio 1

(Não feito)

Ensaio 2 (04 de Março de 2016)

As opções de representação de hipóteses históricas e seu objetivo enquanto objetos de informação

Dentro do estudo da sistema filogenética, a representação de uma hipótese histórica que apresente a relação de parentesco entre organismos é uma das principais bases para o início do estudo. Não é possível tirar conclusões acerca do que se quer representar, nem é possível contestar e organizar ideias e novos questionamentos sem que haja, literalmente, algo materialmente feito. Assim, as reconstruções históricas, enquanto meio para o estudo da sistemática filogenética, necessitam ser representadas de maneira que atinjam seu objetivo com clareza: seu diagrama deve ser objetivo de maneira que não deixe dúvidas em sua análise (não que em si não possa conter dúvidas acerca das relações de parentesco entre os organismos, pelo contrário). E, é dessa maneira que a escolha do tipo de representação toma importância. A escolha é feita com base no objetivo e direcionamento que o estudo terá após concluído: o diagrama é direcionado para o público leigo? Será usado em um artigo para publicação? Ou para uma aula e, portanto, deve ser o mais didático possível para transmitir ao observador mais do que apenas as relações de parentesco entre os organismos representados e sim, deixar claro conceitos abordados em aula? Dessa maneira, há opções para representar hipóteses e todas elas devem levar em conta sua forma e seu público para melhor atingir seu objetivo.

Modificado por Gabriella Hsia

As opções de representação de hipóteses históricas e seu objetivo enquanto objetos de informação. (Fiquei em dúvida se essa seria a frase título) Dentro do estudo da sistema (sistemática) filogenética, a representação de uma hipótese histórica que apresente a relação de parentesco entre organismos é uma das principais bases para o início do estudo. (Acho que essa frase ficou meio comprida, mas apesar disso, está compreensível) Não é possível tirar conclusões acerca do que se quer representar,. Nem é possível contestar e organizar ideias e novos questionamentos sem que haja, literalmente, algo materialmente feito. Assim, as reconstruções históricas, enquanto meio instrumento para o estudo da sistemática filogenética, necessitam ser representadas de maneira que atinjam a atingir seu objetivo com clareza:. Para isso, seu diagrama deve ser objetivo de maneira que não deixe a não deixar dúvidas em sua análise (não que em si não possa conter dúvidas acerca das relações de parentesco entre os organismos, pelo contrário). (Não entendi direito o que está escrito entre os parêntesis) E, é dessa maneira que a escolha do tipo de representação (Qual representação?) toma importância. A escolha é feita com base no objetivo e direcionamento na direção que o estudo terá após concluído: o diagrama é direcionado para o público leigo? Será usado em um artigo para publicação? Ou para uma aula e, portanto, deve ser o mais didático possível para transmitir ao observador mais do que apenas as informações além das relações de parentesco entre os organismos das observadas no diagrama? representados e sim, Ou deixar claro conceitos abordados em aula? (Acho que essa pergunta ficou meio grande) Dessa maneira, há opções para representar hipóteses e todas elas devem levar em conta sua forma e seu público para melhor atingir seu objetivo.

Comentários gerais
Na minha opinião, o parágrafo está bem escrito e aborda bem a importância de existirem várias formas de fazer reconstruções históricas. Acho que o único detalhe foi que havia frases meio longas, mas o resto estava muito bom.

Ensaio 3 (11 de Março de 2016)

(Neste ensaio comecei a tentar resolver meu problema com frases longas)

A inovação tecnológica no campo das Ciências Biológicas além de acelerar resultados, modifica a visão sobre hipóteses consideradas sólidas dentro da Biologia. Como exemplo podemos citar o avanço no uso de dados moleculares para teste de hipóteses de origem e diversificação dos eucariontes. Por muito tempo, a origem e diversificação dos eucariotos levantou dados para estudo com base em dados morfológicos e, posteriormente, com base em microscopia de luz e eletrônica. Porém, recentemente, os dados moleculares obtidos com base em genes e sequências genômicas trazem novo olhar para o assunto. A inovação tecnológica possibilitou rapidez no alcance de resultados e da análise de genes e sequências novas propostas filogenéticas surgiram. Organismos antes alocados em determinado táxon, ou sua posição e relação com outros organismos puderam ser revistos ou mesmo modificados. Ainda, mais que novas reconstruções históricas, a inovação tecnológica para a obtenção de dados moleculares oferece informação para novas hipóteses sobre como eventos evolutivos influenciaram a diversificação dos eucariontes e, consequentemente, direcionaram a história da vida na Terra. É um campo vasto para aprofundamento em pesquisa e até mudanças de paradigma.

OBSERVAÇÃO: descobri que adoro frases longas, preciso de treino.

Corrigido por Stephanie Santos

A inovação tecnológica no campo das Ciências Biológicas além de acelerar resultados, modifica a visão sobre hipóteses consideradas sólidas dentro da Biologia. Como por exemplo, podemos citar o avanço no uso de dados moleculares para teste de hipóteses de origem e diversificação dos eucariontes. Por muito tempo, a origem e diversificação dos eucariotos levantou dados para estudo com base em dados morfológicos e, posteriormente, com base em microscopia de luz e eletrônica. Porém, recentemente, os dados moleculares obtidos com base em genes e sequências genômicas trazem novo olhar para o assunto. A inovação tecnológica possibilitou rapidez no alcance de resultados e da análise de genes e sequências novas propostas filogenéticas surgiram. Organismos antes alocados em determinado táxon, ou sua posição e relação com outros organismos, puderam ser revistos ou mesmo modificados. Ainda, mais que novas reconstruções históricas, a inovação tecnológica para a obtenção de dados moleculares oferece informação para novas hipóteses sobre como eventos evolutivos influenciaram a diversificação dos eucariontes e, consequentemente, direcionaram a história da vida na Terra. É um campo vasto para aprofundamento em pesquisa e até mudanças de paradigma.
como você já havia dito, suas frases são longas e me perdi um pouco.

Ensaio 4 (18 de Março de 2016)

Não é possível retirar o viés de maneira eficaz nas pesquisas científicas. Pode ser traduzido como uma tendência ou direcionamento de ideias e hipóteses que culminam em resultados poucos confiáveis É comum, em ciência, que o cientista busque se distanciar do objeto de sua pesquisa (para que opiniões próprias, por exemplo, não interfiram em seu trabalho). Assim, o resultado, a princípio, é um teste de hipótese confiável e pouco enviesado. Muitas vezes, esse viés significa a presença das opiniões do próprio pesquisador, de um grupo de cientistas ou da comunidade científica em geral. Porém, mesmo que o máximo de distanciamento providencie resultados confiáveis, nenhuma pesquisa é isenta de arbítrios. A própria formulação de hipóteses, a coleta de dados, a interpretação destes e a conclusão de um trabalho são enviesados. E o são não só por possível descuido profissional como pelo estabelecimento de paradigmas (conceitos ou ideias considerados como corretos pela comunidade científica e que guiam o modelo de pensamento do momento, são mutáveis) na ciência. Estes sim, controlam a visão científica e podem cercear a abrangência do trabalho científico. São grandes vieses, mas inerentes à ciência.

Ensaio 5 (08 de Abril de 2016)

O ser humano busca organizar e classificar os objetos à sua volta. Com os seres vivos que conhecemos não é diferente. Tanto naturalistas e filósofos antigos, como cientistas contemporâneos interessados em biologia, costumam observar o ambiente e os seres vivos que se encontram nele.Para conhecê-los, entender seu funcionamento, modo de vida, sua reprodução e a partir disso, classificá-los como pertencentes a um ou outro (podia simplificar, por exemplo, um grupo ou algum) grupo criados por nós, humanos (achei redundante, podia tirar). As classificações variaram muito com o passar dos séculos. Nossa visão sobre a diversidade da vida no planeta Terra já foi hierárquica. Alguns organismos eram considerados mais adaptados ao ambiente em que viviam que outros. Os humanos seriam os mais evoluídos. Posteriormente, essas ideias foram deixadas de lado. Acreditamos que todos os seres que permanecem vivos são, de alguma forma, bem sucedidos no ambiente em que vivem. Nenhum ser é mais evoluído que qualquer outro que também viva no planeta hoje (não necessariamente hoje, em qualquer tempo, se ele vive naquele tempo, era adaptado para aquele ambiente naquele momento também!). Além da variação das classificações, elas refletem o pensamento científico de suas épocas.
O objetivo informativo também pode levar a uma ou outra classificação a ser usada. Por exemplo: nas escolas ainda é comum que a divisão dos organismos seja feita em cinco Reinos: Animalia, Fungi, Plantae, Protista e Monera. Na comunidade científica, a classificação que vem sendo utilizada nos trabalhos por (para) explicar de maneira mais adequada a história da vida na Terra, em geral (desnecessário), é a que divide a diversidade da vida em três domínios principais; Archaea, Eubacteria e Eukarya. Incluem respectivamente seres procariontes (sem núcleo e sem organelas especializadas) que não são Eubacteria; as bactérias e todos os seres eucariontes. Dentro de Eukaria, por exemplo (desnecessário), organizamos o domínio em supergrupos: Opisthokontes, Amoebozoa, Rhizaria, Archaeplastida, Chromoalveolata e Excavata. São todos eucariontes (suas células têm organelas com funções diferenciadas e material genético delimitado numa região chamada de núcleo e revestida pela membrana celular)***

Corrigido por Nathália Galizio

*Não achei uma boa frase de conclusão para o seu texto, apesar de que é apenas uma parte de um ensaio maior, podia ter fechado ou colocado alguma frase que possa ser usada para uma transição para outro parágrafo.

**Acho que funções diferenciadas não é uma boa descrição, o que você acha de "com organelas membranosas" ao invés disso??

No geral achei muito bom, usou a ordem direta e um verbo uma oração, o que deixa simples e fácil de ler. Acho que pode simplificar algumas partes, evitando o uso de palavras excessivas.

Ensaio 6 (15 de Abril de 2016)

A teoria da endossimbiose explica o surgimento de algumas organelas da célula eucariótica. Organelas estas, importantes para o surgimento, sobrevivência e diversificação dos diversos grupos de eucariontes. A teoria foi proposta pela biologista Lynn Margulis e estabeleceu a maneira como acreditamos ter surgido mitocôndrias, plastídeos e flagelos nas células. A teoria explicita que algumas organelas surgiram a partir do engolfamento de um ser vivo por outro. Após isso, ambos passaram a viver em uma simbiose interna. Esse processo ocorreu há muito tempo na história da vida no planeta Terra. Porém, atualmente, podemos observar relações entre organismos diferentes que indicam simbiose. Isso é relativamente comum como bactérias anaeróbias que digerem celulose no trato digestivo de ruminantes. Mas, há organismos que fazem simbiose dentro das células de outro organismo. O protista Vorticella e algas verdes do gênero Chlorella são um exemplo. As vorticelas são seres unicelulares que vivem em água doce e se alimentam de bactérias, algumas algas unicelulares e alguns protozoários. Já a Chlorella é uma alga verde unicelular que faz fotossíntese. Quando estão associadas, a alga dentro do protista acaba por fornecer produtos de fotossíntese (açúcares) para o protista. Por sua vez, o protista fornece nutrientes minerais importantes para essas algas verdes.

Observação sincera: não estava com ideias na hora de escrever o ensaio. Por isso, optei por escrever algo bem simples com a tentativa de ser um texto para divulgação científica popular (linguagem mais acessível e sem conteúdos muito específicos).

Corrigido por Fernanda Thomaz

A teoria da endossimbiose explica o surgimento de algumas organelas da célula eucariótica. Organelas estas, importantes para o surgimento, sobrevivência e diversificação dos diversos grupos de eucariontes. A teoria foi proposta pela biologista Lynn Margulis e estabeleceu a maneira como acreditamos ter surgido mitocôndrias, plastídeos e flagelos nas células. A teoria explicita que algumas organelas surgiram a partir do engolfamento de um ser vivo por outro. Após isso, ambos passaram a viver em uma simbiose interna. Esse processo ocorreu há muito tempo na história da vida no planeta Terra. Porém, atualmente, podemos observar relações entre organismos diferentes que indicam simbiose. Isso é relativamente comum como bactérias anaeróbias que digerem celulose no trato digestivo de ruminantes. Mas, há organismos que fazem simbiose dentro das células de outro organismo. O protista Vorticella e algas verdes do gênero Chlorella são um exemplo. As vorticelas são seres unicelulares que vivem em água doce e se alimentam de bactérias, algumas algas unicelulares e alguns protozoários. Já a Chlorella é uma alga verde unicelular que faz fotossíntese. Quando estão associadas, a alga dentro do protista acaba por fornecer produtos de fotossíntese (açúcares) para o protista. Por sua vez, o protista fornece nutrientes minerais importantes para essas algas verdes.

Comentários: Achei a frase título boa, ela expressa de forma clara sobre o que vai ser tratado no texto. Em algumas frases há a presença de mais de um verbo, sei que em alguns casos acontece de mais de um precisar ser usado e acredito que não há problemas nisso. Muito interessante a transição de falar sobre a teoria de Margulis para falar sobre simbiose em organismos atuais; mas achei que faltou uma frase final de conclusão, fechando a ligação entre essas partes, parece que o texto acabou na "hora errada", seria interessante retomar o assunto da frase título.

Ensaio 7

(Não feito)

Ensaio 8 ( 06 de maio de 2016)

As árvores chamadas de Eritrinas ou popularmente conhecidas como Suinãs são árvores do gênero Erythrina e pertencentes à família Fabaceae. Dentre as diversas espécies de eritrinas existentes, uma delas, a Erythrina speciosa (e entre outras do gênero), funciona como importante recurso alimentar para espécies de aves nectarívoras ou consumidoras de outros recursos florais (como a própria pétala da flor). Especialmente, por ser uma espécie nativa e presente em boa parte do território brasileiro, funciona como um importante recurso energético para aves brasileiras no período seco (como o inverno), em que a oferta de alimento se reduz, muitas vezes, de maneira drástica. Diversos trabalhos científicos apontam uma variedade de espécies de aves que utilizam de maneira significativa os recursos florais de diversas espécies de Eritrinas. Entre as principais famílias podemos citar Trochilidae (beija-flores), Psittacidae (araras, periquitos, papagaios e etc.) e outras diversas famílias da ordem dos Passeriformes. Além de consumirem os recursos que a planta oferece, diversas espécies dos grupos citados como exemplo polinizam estas plantas, auxiliando no processo de reprodução destas (visita legítima). Porém, outras apenas "roubam" esses recursos sem polinizá-las (visita ilegítima). Enquanto as visitas legítimas são feitas sem que a estrutura da flor seja perdida (sem que o animal a destrua), apenas encostando nos orgãos reprodutivos das flores (depositando e/ou recolhendo pólen), as visitas ilegítimas incluem o consumo de néctar e/ou outro recurso floral sem que haja, no entanto, o processo de polinização. Muitas vezes, o animal faz um furo na base da flor para roubar o néctar ou arranca as flores para mandibulá-las e, em seguida, jogá-las fora. Esses comportamentos não estão restritos a uma ou outra família. Dentre os trabalhos publicados, muitas espécies apresentam ou um outro comportamento de visita e, até mesmo, os dois tipos, sendo que um deles, em geral, prevalece. No entanto, é comum verificar que piscitacídeos e beija-flores sejam, respectivamente, visitantes ilegítimos e legítimos das espécies de eritrina. Inclusive, o número de flores que é predada ou jogada fora por muitas espécies é muito grande, dando a impressão que as plantas estão sendo prejudicadas. Apesar de mais trabalhos no assunto serem necessários, pode-se dizer que o balanço entre predação e polinização em Erythrina se mostra suficiente para a formação de frutos na espécie. Alguns autores concluem que com a grande quantidade de flores produzidas, não haveria um suporte energético para a mesma quantidade de produção de frutos. Ou seja, a suficiência na polinização dos suinãs compensa a enorme perda de flores por predação.

Mapa:
-Quem são as Eritrinas?
-Porque elas são importantes para diversas espécies de aves?
-Como é a relação entre essas aves e essa planta?
-Como os dois tipos de organismos se aproveitam dessa relação?

As árvores Eritrinas ou popularmente conhecidas como Suinãs, são árvores do gênero Erythrina pertencentes à família Fabaceae. Erythrina speciosa e outras espécies do gênero, funciona, por exemplo, como um importante recurso alimentar para espécies de aves nectarívoras ou consumidoras de outros recursos florais (como a própria pétala da flor). É uma espécie nativa e presente em boa parte do território brasileiro. Funciona como um importante recurso energético para aves brasileiras no período seco (como o inverno), em que a oferta de alimento se reduz, muitas vezes, de maneira drástica. Trabalhos científicos apontam uma variedade de espécies de aves que utilizam de maneira significativa os recursos florais de espécies de Eritrinas. Entre as principais famílias podemos citar Trochilidae (beija-flores), Psittacidae (araras, periquitos, papagaios e etc.) e outras diversas famílias da ordem dos Passeriformes. Além de consumirem os recursos que a planta oferece, diversas espécies dos grupos citados polinizam estas plantas, auxiliando no processo de reprodução destas (visita legítima). Porém, outras apenas "roubam" esses recursos sem polinizá-las (visita ilegítima). As visitas legítimas são feitas sem que a estrutura da flor seja perdida (sem que o animal a destrua). Em geral, apenas encostando nos orgãos reprodutivos das flores (depositando e/ou recolhendo pólen). Já as visitas ilegítimas incluem o consumo de néctar e/ou outro recurso floral sem que haja, no entanto, o processo de polinização. Muitas vezes, o animal faz um furo na base da flor para roubar o néctar ou arranca as flores para mandibulá-las e, em seguida, jogá-las fora. Esses comportamentos não estão restritos a uma ou outra família. Dentre os trabalhos publicados, muitas espécies apresentam ou um outro comportamento de visita e, até mesmo, os dois tipos, sendo que um deles, em geral, prevalece. No entanto, é comum verificar que piscitacídeos e beija-flores sejam, respectivamente, visitantes ilegítimos e legítimos das espécies de eritrinas. Inclusive, o número de flores que é predada pode ser muito grande, dando a impressão que as plantas estão sendo prejudicadas. Apesar de mais trabalhos no assunto serem necessários, pode-se dizer que o balanço entre predação e a eficiência na polinização em Erythrina se mostra suficiente para a formação de frutos nesse caso. Alguns autores concluem que como é grande a quantidade de flores produzidas, não haveria um suporte energético para a mesma produção de frutos em proporção. Ou seja, mesmo que muitas flores sejam perdidas, há suficiência na polinização destas plantas. Mesmo que estas flores não fossem largamente predadas, a planta produziria um número bem menor de frutos. Com isso, mesmo que muitas aves apenas consumam seus recursos, a produção de frutos e sementes pode ser assegurada pelas espécies que fazem visitas legítimas às eritrinas.

Modificado por Gabriella Hsia

1º parágrafo

As árvores chamadas de Eritrinas ou popularmente conhecidas como Suinãs são árvores do gênero Erythrina e pertencentes à família Fabaceae. (Na minha opinião, a frase-título tem algumas informações que ficaram meio repetitivas, o que a deixou um pouco longa) Dentre as diversas espécies de eritrinas existentes, uma delas, a Erythrina speciosa (e entre outras do gênero), funciona como importante recurso alimentar para espécies de aves nectarívoras ou consumidoras de outros recursos florais (como a própria pétala da flor). Especialmente, por ser uma espécie nativa e presente em boa parte do território brasileiro, funciona como um importante recurso energético para aves brasileiras no período seco (como o inverno), em que a oferta de alimento se reduz, muitas vezes, de maneira drástica. Diversos trabalhos científicos apontam uma variedade de espécies de aves que utilizam de maneira significativa os recursos florais de diversas espécies de Eritrinas. Entre as principais famílias podemos citar Trochilidae (beija-flores), Psittacidae (araras, periquitos, papagaios e etc.) e outras diversas famílias da ordem dos Passeriformes. Além de consumirem os recursos que a planta oferece, diversas espécies dos grupos citados como exemplo polinizam estas plantas, auxiliando no processo de reprodução destas (visita legítima). Porém, outras apenas "roubam" esses recursos sem polinizá-las (visita ilegítima). Enquanto as visitas legítimas são feitas sem que a estrutura da flor seja perdida (sem que o animal a destrua), apenas encostando nos órgãos reprodutivos das flores (depositando e/ou recolhendo pólen), as visitas ilegítimas incluem o consumo de néctar e/ou outro recurso floral sem que haja, no entanto, o processo de polinização. Muitas vezes, o animal faz um furo na base da flor para roubar o néctar ou arranca as flores para mandibulá-las (existe esse verbo?) e, em seguida, jogá-las fora. Esses comportamentos não estão restritos a uma ou outra família. Dentre os trabalhos publicados, (Acho que seria interessante citar exemplos de trabalhos publicados) muitas espécies apresentam ou um um ou outro comportamento de visita e, até mesmo, os dois tipos, sendo que um deles, em geral, prevalece. No entanto, é comum verificar que piscitacídeos e beija-flores sejam, respectivamente, visitantes ilegítimos e legítimos das espécies de eritrina. Inclusive, o número de flores que é predada ou jogada fora por muitas espécies é muito grande, dando a impressão que as plantas estão sendo prejudicadas. (Não entendi muito bem a colocação dessa sentença) Apesar de mais trabalhos no assunto serem necessários, (Cuidado com palavras de ordem) pode-se dizer que o balanço entre predação e polinização em Erythrina se mostra suficiente para a formação de frutos na espécie. Alguns autores concluem que com a grande quantidade de flores produzidas, não haveria um suporte energético para a mesma quantidade de produção de frutos. Ou seja, a suficiência na polinização dos suinãs compensa a enorme perda de flores por predação. (Faltou retomar a frase-título)

Comentários gerais do 1º parágrafo:
Na minha opinião, esse 1º parágrafo está bem escrito, bem didático e para um público leigo ao assunto, está de fácil compreensão. Gostaria de ressaltar alguns detalhes, acho que faltou retomar a frase-título no final do parágrafo e também achei a conclusão meio súbita, talvez poderia ser desenvolvida um pouco mais. É uma opinião minha, mas não sei se o que foi apresentada na sua frase-título foi explorada ao longo do parágrafo. De resto, acho que seu parágrafo está bem desenvolvido. :)

2º parágrafo

As árvores Eritrinas ou popularmente conhecidas como Suinãs, são árvores do gênero Erythrina pertencentes à família Fabaceae.(Mesma comentário em relação à frase-título do 1º parágrafo) Erythrina speciosa e outras espécies do gênero, funcionam, por exemplo, como um importantes recursos alimentares para espécies de aves nectarívoras ou consumidoras de outros recursos florais (como a própria pétala da flor). É uma espécie nativa e presente em boa parte do território brasileiro. Funciona como um importante recurso energético para aves brasileiras no período seco (como o inverno), em que a oferta de alimento se reduz, muitas vezes, de maneira drástica. Trabalhos científicos (Como citado no parágrafo anterior, acho que poderia ser citado quais seriam esses trabalhos) apontam uma variedade de espécies de aves que utilizam de maneira significativa os recursos florais de espécies de Eritrinas. Entre as principais famílias podemos citar Trochilidae (beija-flores), Psittacidae (araras, periquitos, papagaios e etc.) e outras diversas famílias da ordem dos Passeriformes. Além de consumirem os recursos que a planta oferece, diversas espécies dos grupos citados polinizam estas plantas, auxiliando no processo de reprodução destas (visita legítima). Porém, outras apenas "roubam" esses recursos sem polinizá-las (visita ilegítima). As visitas legítimas são feitas sem que a estrutura da flor seja perdida (sem que o animal a destrua). Em geral, apenas encostando nos órgãos reprodutivos das flores (depositando e/ou recolhendo pólen). Já as visitas ilegítimas incluem o consumo de néctar e/ou outro recurso floral sem que haja, no entanto, o processo de polinização. Muitas vezes, o animal faz um furo na base da flor para roubar o néctar ou arranca as flores para mandibulá-las (esse verbo existe?) e, em seguida, jogá-las fora. Esses comportamentos não estão restritos a uma ou outra família. Dentre os trabalhos publicados (Quais trabalhos?), muitas espécies apresentam ou um um ou outro comportamento de visita e, até mesmo, os dois tipos, sendo que um deles, em geral, prevalece. No entanto, é comum verificar que piscitacídeos e beija-flores sejam, respectivamente, visitantes ilegítimos e legítimos das espécies de eritrinas. Inclusive, o número de flores que é predada pode ser muito grande, dando a impressão que as plantas estão sendo prejudicadas. (Mesmo comentário feito no parágrafo de cima) Apesar de mais trabalhos no assunto serem necessários (Cuidado com palavras de ordem), pode-se dizer que o balanço entre predação e a eficiência na polinização em Erythrina se mostra suficiente para a formação de frutos nesse caso. Alguns autores concluem que como é grande a quantidade de flores produzidas, não haveria um suporte energético para a mesma produção de frutos em proporção. Ou seja, mesmo que muitas flores sejam perdidas, há suficiência na polinização destas plantas. Mesmo que estas flores não fossem largamente predadas, a planta produziria um número bem menor de frutos. Com isso, mesmo que muitas aves apenas consumam seus recursos, a produção de frutos e sementes pode ser assegurada pelas espécies que fazem visitas legítimas às eritrinas. (Faltou retomar a frase-título)

Comentários gerais do 2º parágrafo
A maioria dos pontos marcados nesse parágrafo já foram apontados no 1º parágrafo, ou seja, o texto está muito bom! Nesse parágrafo, acho que você encurtou mais as frases. É uma opinião minha, mas eu prefiro textos com frases mais divididas do que uma frase longa. :) A sua conclusão está mais desenvolvida nesse parágrafo, mas acho que ainda falta retomar a frase-título e também não sei se ela está abordando bem o que foi desenvolvido no parágrafo. De resto, acho que está muito bom! :)

Ensaio 09 (13 de maio de 2016)

Tema: Endossimbiose ou a relação parasita/comensal/simbionte
Subtema: A relação evolutiva versus ecológica das interações entre os organismos
Possibilidades:
-Definição de endossimbiose
-Contextualização (quando ocorreu) e exemplos
-Questão evolutiva da endossimbiose
-Questão ecológica de um evento de simbiose
-Exemplos de organismos que interagem ecologicamente e que, futuramente, podem apresentar endossimbiose num contexto evolutivo
-Exemplos: X-bacteria e Amoeba proleis. Acanthameba, Legioella,etc.
-Como relações ecológicas podem se tornar questões evolutivas? (ex: cloroplasto versus endossimbionte)

Escolhi esse tema porque aborda uma questão interessante: a questão do evento endossimbiôntico numa visão ecológica e evolutiva (mais recente e mais antiga no quesito temporal, respectivamente). Posso falar de endossimbiose e da relação entre os organismos e aproximar essa visão dando exemplos de organismos que apresentam indícios que a relação ecológica está caminhando para uma relação evolutiva no futuro (X-bacteria e amebas)

Ensaio 10

Organização dos Tópicos

Introdução:

1) Definir endossimbiose
2) Dar exemplos de endossimbiose no contexto evolutivo
3) A partir do tópico acima introduzir simbiose como interação ecológica
4) Exemplificar simbiose
5) Enfatizar que a simbiose em que um organismo vive dentro de outro é um exemplo de endossimbiose como evento

Desenvolvimento

6) Enfatizar a importância da endossimbiose para os eucariontes a partir do exemplos
7) Enfatizar a importância da simbiose para a vida de alguns organismos a partir dos exemplos.
8) Deixar claro a visão da endossimbiose como evento/interação ecológica versus evento evolutivo/contexto evolutivo
9) Introduzir a ideia de que um evento ecológico pode ao longo de muitos anos se tornar um evento evolutivo
10) Falar de exemplos atuais que já indicam uma troca de genes, além da dependência dos organismos na relação ecológica
11) Desenvolver a ideia exemplificando que seria possível enxergar isso como uma evidência de endossimbiose evolutiva no futuro

Conclusão:

12) Focar que o tempo (milhares de anos) pode definir endossimbiose como evento evolutivo ou ecológico
13) Contextualizar que hoje temos ferramentas modernas para estudar melhor esse eventos (como os dados moleculares)
14) Concluir falando novamente da importância de eventos endossimbiônticos para a história dos eucariontes
15) E, em como, esse possíveis novos eventos podem modificar a diversidade da vida eucariótica (noas relações entre os organismos) e como, a longo prazo, podem modificar o rumo dos eucariontes na história da vida (novos processos? novas organelas?).

Comentários gerais por Gabriella Hsia

Gostei bastante do seu tema e acho que você conseguiu desdobrar e pensar em vários tópicos e assuntos muito relevantes que serão abordados ao longo do seu ensaio. Na minha opinião, eu sugeriria dar um enfoque maior, no final da sua introdução, o seu subtema (pelo que eu vi no ensaio 10 é: A relação evolutiva versus ecológica das interações entre os organismos). Eu faria isso porque pelos tópicos que você colocou, na minha opinião, faltou um que desse mais enfoque no seu subtema (no que vai ser tratado centralmente no seu ensaio), a impressão que eu tive é que talvez se a introdução tiver apenas os tópicos que você colocou, talvez ela fique de forma muito ampla. A minha sugestão seria fazer um afunilamento ao longo da introdução, começar amplo (com todas as ideias que você colocou) e no final dar um enfoque maior no seu subtema. Em relação aos tópicos que você propôs no desenvolvimento, achei todos bastante interessantes. O tópico 9 me chamou bastante a atenção e acho que desenvolvendo essa ideia bem, seu texto vai ficar bastante "redondinho", no sentido de que você conseguirá conectar as duas visões de endossimbiose que foram propostas. Um último ponto que quero comentar é apenas para tomar cuidado e não fugir do seu tema central, você levantou várias ideias muito boas e relevantes, mas às vezes dá a impressão de que o ensaio tratará de Endossimbiose no geral (que acaba sendo um tema muito amplo e complexo para ser tratado bem em um ensaio de 6 parágrafos). Acho que se você conseguir dar um enfoque maior no seu subtema, seu texto vai ficar bem completo, já que todas as suas outras ideias propostas foram ótimas. :)

Ensaio 11 (04 de junho de 2016)

Organização dos tópicos em parágrafos:

Introdução: parágrafo único
Tópicos:1) Definir endossimbiose
2) Dar exemplos de endossimbiose no contexto evolutivo
3) A partir do tópico acima introduzir simbiose como interação ecológica
4) Exemplificar simbiose
5) Enfatizar que a simbiose em que um organismo vive dentro de outro é um exemplo de endossimbiose como evento

Desenvolvimento: dois parágrafos
Parágrafo 1:
Tópicos:6) Enfatizar a importância da endossimbiose para os eucariontes a partir do exemplos
7) Enfatizar a importância da simbiose para a vida de alguns organismos a partir dos exemplos.
8) Deixar claro a visão da endossimbiose como evento/interação ecológica versus evento evolutivo/contexto evolutivo
Parágrafo 2:
Tópicos:9) Introduzir a ideia de que um evento ecológico pode ao longo de muitos anos se tornar um evento evolutivo
10) Falar de exemplos atuais que já indicam uma troca de genes, além da dependência dos organismos na relação ecológica
11) Desenvolver a ideia exemplificando que seria possível enxergar isso como uma evidência de endossimbiose evolutiva no futuro

Conclusão: parágrafo único
Tópicos:12) Focar que o tempo (milhares de anos) pode definir endossimbiose como evento evolutivo ou ecológico
13) Contextualizar que hoje temos ferramentas modernas para estudar melhor esse eventos (como os dados moleculares)
14) Concluir falando novamente da importância de eventos endossimbiônticos para a história dos eucariontes
15) E, em como, esse possíveis novos eventos podem modificar a diversidade da vida eucariótica (noas relações entre os organismos) e como, a longo prazo, podem modificar o rumo dos eucariontes na história da vida (novos processos? novas organelas?).

Ensaio 12

Organização dos parágrafos em frases e/ou pesquisa bibliográfica para embasamento do parágrafo:

Introdução:
1)Relação de simbiose em que um dos organismos vive no interior do corpo do outro, sem prejudicá-lo.

2)Evolutivamente, há milhares de anos atrás, as mitocôndrias e os cloroplastos das células eucariontes teriam sido organismos procariontes de vida livre. Estes organismos foram então englobados (através do processo de endocitose) por células maiores com as quais estabeleceram uma relação de simbiose. As mitocôndrias seriam o resultado da endocitose de procariontes aeróbios e os cloroplastos de procariontes fotossintetizantes (possivelmente cianobactérias). Desta forma, forneceriam energia à célula hospedeira, enquanto esta os protegeria do meio externo.

3)Em Ecologia, é a interação entre duas espécies que vivem juntas.

4)Os beija-flores,por exemplo, no momento em que ele está na busca para obter o néctar das flores, ele carrega o pólen de uma flor para outra e assim ele pode contribuir para o processo de fecundação das flores. Isto pode ser caracterizado como uma relação de simbiose (uma interação ecológica). Outro exemplo são as micorrizas que vivem em íntima associação com árvores e outras plantas, facilitando a absorção de nutrientes do subsolo (aumento de superfície?) e, dessa forma, a planta se beneficia e, em troca, fornece energia para o fungo forma de açúcares (produzida pela fotossíntese).

5)Conclusão da síntese do parágrafo a partir das definições e exemplos.

Desenvolvimento: Parágrafo 1:
6)"A Síntese Moderna estabeleceu que com o tempo, a seleção natural, que age nas mutações poderia gerar novas adaptações e novas espécies. Mas isso significa que novas linhagens e adaptações se formam somente por ramificações das antigas e por genes herdados da linhagem ancestral? Alguns pesquisadores responderam não. A evolucionista Lynn Margulis mostrou que um evento organizacional de grande porte na história da vida provavelmente envolveu a fusão de duas ou mais linhagens através da simbiose." "Quando um dos professores dela viu DNA dentro de cloroplastos, Margulis não ficou surpresa. Afinal de contas, isso é justamente o que você esperaria de um parceiro simbiôntico. Margulis passou grande parte do resto de 1960 aperfeiçoando seu argumento de que a simbiose (veja a figura à direita) era uma força não reconhecida, porém principal na evolução das células. Em 1970 ela publicou sua afirmação no The Origin of Eukaryotic Cells (A Origem da Célula Eucariótica). Retirado de: http://www.ib.usp.br/evosite/history/endosym.shtml O processo é importante para a história da vida eucariótica, por exemplo.

7)"Zooxantelas (conjunto de organismos unicelulares fotossintéticos) vivem em endossimbiose com os corais, nudibrânquios e outros animais e protistas heterotróficos marinhos. Esta simbiose permite o desenvolvimento de organismos heterotróficos em águas marinhas tropicais pobres em nutrientes, onde a densidade de fitoplâncton é insuficiente para suportar uma cadeia trófica robusta. Apenas a atividade fotossintética dos endossimbiontes permite o aparecimento nessas águas de biocenoses de elevada produtividade primária, como os recifes de coral. A designação foi utilizada para referir qualquer endossimbionte fotossintético que ocorra em organismos marinhos, sendo actualmente desencorajado o seu uso na literatura científica devido à imprecisão que resulta da sua aplicação a relações simbióticas taxonomicamente muito diversas" Retirado de: https://pt.wikipedia.org/wiki/Zooxantela A simbiose (ou endossimbiose ecologicamente falando) é importante para a vida.

8)Dissertar sobre a visão da endossimbiose como evento/interação ecológica versus evento evolutivo/contexto evolutivo.

Parágrafo 2:
9)Introduzir a ideia de que um evento ecológico pode ao longo de muitos anos se tornar um evento evolutivo.

10)"A expressão de genes para a S-adenosilmetionina sintetase (SAMS), que catalisa a síntese de S-adenosil-metionina (AdoMet), um dador de metilo em células, foi estudada em (XD) estirpes ameba livre de simbióticas (D) e simbiontes-rolamento para determinar o efeito de endosimbiontes bacterianas. Os simbiontes suprimida a expressão do gene no hospedeiro xD amebas, mas amebas ainda exibiu cerca de metade da actividade da enzima encontrada no amebas livre D-simbiontes. O estudo teve como objetivo elucidar os mecanismos da supressão do gene da ameba e determinar a fonte alternativa para o produto do gene. Inesperadamente, verificou-se uma segunda Sams ( sams2 gene) em amebas, que codificou 390 aminoácidos. Os resultados de experimentos que medem atividades SAMS e quantidades de AdoMet em D e xD amebas mostraram que a atividade metade SAMS encontrado em xD amebas veio SAMS2 da ameba e não de seus endossimbiontes. A expressão de ameba sams genes foi mudado de sams1 para sams2 como resultado da infecção com X-bactérias, levantando a possibilidade de que o interruptor na expressão de sams genes por bactérias desempenha um papel no desenvolvimento de simbiose e as interacções hospedeiro-patogénio . Este é o primeiro relatório que mostra essa mudança na expressão de acolhimento SAMS genes por bactérias que infectam. Retirado de: http://jcs.biologists.org/content/117/4/535 "Refira-se, por fim, e reforçando a realidade simbiótica da célula que, em 1996, uma equipa de investigadores australianos liderada por Geoffrey McFadden, publicou na revista Nature um artigo intitulado “Plastid in human parasites”.15 Usando técnicas de hibridação in situ, estes investigadores demonstraram a presença da componente genética característica dos plastos de plantas no apicoplasto (plasto vestigial) de Plasmodium e de Toxoplasma (protozoários parasitas causadores da malária e da
toxoplasmose). A identificação deste organito celular como um cloroplasto vestigial nestes protozoários foi uma importante contribuição para a compreensão do fenómeno simbiótico e, de igual modo, em virtude deste organito ser essencial para a fisiologia do parasita, um bom alvo para o uso de novos medicamentos com a finalidade de combater doenças altamente mortais como a malária." e Esta linha de pensamento enquadra-se na perspectiva já anteriormente desenvolvida por vários outros autores como Shosaburo Watasé, René Dubos e Alexander Kessler. O primeiro autor, de nacionalidade japonesa, publicou em 1894, na sequência duma palestra efectuada no Clube de Biologia da Universidade de Chicago, o artigo “On the Nature of Cell-Organization”13, onde defende a ideia da célula eucariótica como uma comunidade simbiótica. Nesse trabalho, S. Watasé interroga-se sobre a natureza da célula eucariótica, referindo em determinado passo: “Não é possível considerar a célula como uma comunidade simbiótica, na qual o citoplasma representa um grupo de organismos extremamente pequenos, cada um com a capacidade de crecimento, assimilação e divisão; e o núcleo, ou mais especificamente, os cromossomas, uma colónia de entidades igualmente diferentes, cada uma com as mesmas capacidades das anteriores - o conjunto formando uma
organização comparável à do líquen, o qual é constituído por dois organismos completamente diferentes?”. Retirado de: http://azolla.fc.ul.pt/documents/SimbiogEvol2009.pdf

11)Exemplificar que seria possível enxergar isso como uma evidência de endossimbiose evolutiva no futuro. "Uma série de trabalhos notáveis foi realizada por Kwang Jeon e colaboradores, desde o final da década de 60 do século XX, utilizando o protozoário Amoeba proteus. 10 Quando alguns destes protozoários foram acidentalmente infectados por bactérias (que o autor designou x-bactérias) a maior parte acabou por perecer. No entanto, algumas das amibas infectadas sobreviveram, e anos depois Jeon descobriu a existência de amibas que tinham desenvolvido uma dependência recíproca, que
denominou de xD-amibas. Os endossimbiontes bacterianos localizavam-se em vesículas, que designou de simbiossomas, e não eram digeridos pelos protozoários. Inicialmente tornaram-se resistentes aos enzimas lisossomais e, posteriormente,
impediram a fusão dos lisossomas com os simbiossomas. A dependência do endossimbionte foi demonstrada através de transplantes nucleares e da remoção selectiva do simbionte. Assim, quando núcleos de xD-amibas foram transplantados
para o citoplasma de amibas livres de endossimbiontes, estas perderam viabilidade, não acontecendo o mesmo com o transplante recíproco. Contudo, a viabilidade foi readquirida quando sujeitas a micro-injecção de bactérias. A separação dos parceiros simbióticos também se mostrou drástica para ambos, situação que foi ultrapassada quando se procedeu à reintrodução do endossimbionte no hospedeiro. A formação de simbiossomas constituiu a principal alteração estrutural provocada pela simbiose, que também contribuiu para a síntese de três novas proteínas: uma, sintetizada pela
bactéria, e transportada para o citoplasma do hospedeiro através de vesículas membranares; outra, sintetizada pela xD-amiba, exercendo um efeito letal quando injectada em amibas não simbióticas; e por fim, uma glicoproteína que está presente
na membrana dos simbiossomas e que desempenha um papel fundamental na prevenção da fusão lisossomal com estes.
16 O facto da simbiose ter provocado total interdependência dos parceiros, aliada a alterações estruturais e fisiológicas, contribuiu para que Jeon propusesse que as xDamibas constituiam uma nova espécie do género Amoeba. A integração de simbiontes e consequentes alterações constitui, assim, um mecanismo de especiação de máxima importância, para além de dar origem a novos genomas que estão na base de alterações bem mais significativas do que as que resultam de mutações, hibridação ou alteração de ploidia. A transferência horizontal de genes, como deslocação de genes entre organismos distantemente relacionados, é um processo que permite a aquisição de novos genes e funções, e só pode ser consubstanciado pela simbiogénese. Embora facilmente aceite entre bactérias, foi considerado um acontecimento raro entre bactérias e organismos multicelulares, padrão que tem sofrido alterações."

Conclusão:
12)O tempo (milhares de anos) pode definir endossimbiose como evento evolutivo ou ecológico.

13)Hoje temos ferramentas modernas para estudar melhor esse eventos (como os dados moleculares).

14)A importância de eventos endossimbiônticos para a história dos eucariontes (gerador de diversidade).

15)Esses possíveis novos eventos podem modificar a diversidade da vida eucariótica (novas relações entre os organismos) e, a longo prazo, podem modificar o rumo dos eucariontes na história da vida (novos processos? novas organelas?).

Ensaio 13

Organização das frases em texto e/ou organização das referências bibliográficas em informações para o artigo:

Introdução:
A endossimbiose pode ser definida como uma relação de simbiose em que um dos organismos vive no interior do corpo do outro, sem prejudicá-lo. Por sua vez, em ecologia, simbiose pode ser definida como uma interação entre duas espécies que vivem juntas.Evolutivamente,a endossimbiose teve uma importância significativa na história da vida dos seres vivos e, em especial, na vida dos eucariontes (seres vivos com células eucarióticas, ou seja, com um núcleo celular rodeado por uma membrana e com vários organelas). Há milhares de anos atrás, as mitocôndrias e os cloroplastos das células eucariontes teriam sido organismos procariontes de vida livre. Estes organismos foram então englobados (através do processo de endocitose) por células maiores com as quais estabeleceram uma relação de simbiose. As mitocôndrias seriam o resultado da endocitose de procariontes aeróbios e os cloroplastos de procariontes fotossintetizantes (possivelmente cianobactérias). Desta forma, forneceriam energia à célula hospedeira, enquanto esta os protegeria do meio externo. Ecologicamente, a simbiose ou a endossimbiose tem um papel importantíssimo na manutenção da vida e auxilia na sobrevivência de organismos de diferentes grupos ao se relacionarem. Os beija-flores,por exemplo, no momento em que ele estão na busca para obter o néctar das flores, carregam o pólen de uma flor para outra e assim podem contribuir para o processo de fecundação e, consequentemente, de reprodução das flores. E isto pode ser caracterizado como uma relação de simbiose (uma interação ecológica). Outro exemplo são as micorrizas que vivem em íntima associação com árvores e outras plantas, facilitando a absorção de nutrientes do subsolo (aumento de superfície?) e, dessa forma, a planta se beneficia e, em troca, fornece energia para o fungo forma de açúcares (produzida pela fotossíntese). + Síntese do parágrafo (5)» É difícil relacionar um evento evolutivo com os eventos ecológicos. Mas ambos relacionam-se com interações simbióticas, estão divididas temporalmente e daí, é provável, que venham suas principais diferenças. Ou seja, organelas importantes para o funcionamento da célula eucariótica teriam surgido a partir de relações endossimbióticas entre organismos diferentes e, hoje, são resultado de milhares de anos na evolução.

Desenvolvimento:
Segundo a Síntese Moderna da teoria evolutiva, o tempo e a seleção natural poderiam agir sobre mutações e gerar novas adaptações e até novas espécies. Mas isso não significa que novas linhagens e adaptações se formam somente por por genes herdados da linhagem ancestral. "A evolucionista Lynn Margulis mostrou que um evento organizacional de grande porte na história da vida provavelmente envolveu a fusão de duas ou mais linhagens através da simbiose. Quando um dos professores dela viu DNA dentro de cloroplastos, Margulis não ficou surpresa. Afinal de contas, isso é justamente o que você esperaria de um parceiro simbiôntico. Margulis passou grande parte do resto de 1960 aperfeiçoando seu argumento de que a simbiose era uma força não reconhecida, porém principal na evolução das células. (http://www.ib.usp.br/evosite/history/endosym.shtml ). Dessa forma, as simbioses podem funcionar como elementos para atuação da seleção natural e na aquisição de novas adaptações, funções e novas formas e complexidade de vida.Uma relação endossimbiótica muito conhecida é a que ocorre entre Zooxantelas (conjunto de organismos unicelulares fotossintéticos)e os corais. As algas ficam sob abrigo e proteção dos corais que conseguem crescer e se reproduzir também por meio da energia produzida pelas zooxantelas e fornecida à eles. Por exemplo, o que impede que a relação endossimbiótica ecológica entre Zooxantelas e corais se torne, um dia, uma relação endossimbiótica evolutiva? E que, em milhares de anos, esses corais produzam gerações fotossintetizantes? é preciso que no curso da evolução estes organismo estejam intimamente associados e que não possam viver em separado. Dessa forma, em milhares de anos, é possível que a a seleção natural atue nesse sentido. Mas isso também não significa que isso aconteceria se as condições para isso existissem.
Dissertar sobre a visão da endossimbiose como evento/interação ecológica versus evento evolutivo/contexto evolutivo.
Uma relação ecológica como a endossimbiose pode, após milhares de anos, se tornar uma questão evolutiva. Este é o caso das mitocôndrias e dos cloroplastos. Uma íntima associação entre os organismos vivos, milhares de anos e a própria seleção natural atuaram de forma a constituir esta relação que é explicada pela teoria da endossimbiose para a aquisição destas organelas. Apesar destes eventos terem ocorrido há muito tempo, temos algumas evidências de sua ocorrência. Dois exemplos disso são a estrutura das mitocôndrias, que se assemelham muito à células procarióticas de bactérias, e o fato de tanto mitocôndrias como cloroplastos possuírem material genético próprio, evidenciando que estas organelas são provenientes de uma relação simbiótica do passado entre organismos vivos diferenciados (uma bactéria e uma alga verde). Porém, atualmente, os cientistas conseguem visualizar que organismos em simbiose estão estreitando suas relações a ponto de um dia (evolutivamente falando) transformarem essa relação criando novos organismos, com até novas funções e gerando diversidade com a possibilidade de transferência lateral de genes (transferência horizontal de genes ou transferência lateral de genes, é um processo em que um organismo transfere material genético para outra célula que não é sua descendente). Um exemplo é a relação da X-Bacteria e de amebas. As amebas podem ser infectadas por estas bactérias e na ausência desta infecção expressam o gene SAMS em sua totalidade e de maneira inalterada. Porém, se infectadas, apresentam o produto do gene de SAMS mas a partir da expressão do gene SAMS2. Além disso, o produto é produzido de modo que a atividade da enzima é reduzida à metade. O estudo teve como objetivo elucidar os mecanismos da supressão do gene da ameba e determinar a fonte alternativa para o produto do gene. Levantando a possibilidade de que o interruptor na expressão de SAMS por bactérias desempenha um papel no desenvolvimento da simbiose e nas interações hospedeiro-patógeno (Retirado de: http://jcs.biologists.org/content/117/4/535). Isto pode ser uma evidência de um "endossimbiose evolutiva" no futuro."Trabalhos realizados por Kwang Jeon e outros colaboradores, utilizando o protozoário Amoeba proteus. Quando alguns destes protozoários foram acidentalmente infectados por bactérias (que o autor designou x-bactérias) a maior parte acabou por perecer. No entanto, algumas das amebas infectadas sobreviveram, e anos depois Jeon descobriu a existência de amebas que tinham desenvolvido uma dependência recíproca, que denominou de xD-amebas. Os endossimbiontes bacterianos localizavam-se em vesículas, que designou de simbiossomas, e não eram digeridos pelos protozoários. Inicialmente tornaram-se resistentes aos enzimas lisossomais e, posteriormente, impediram a fusão dos lisossomas com os simbiossomas. A dependência do endossimbionte foi demonstrada através de transplantes nucleares e da remoção selectiva do simbionte. Assim, quando núcleos de xD-amebas foram transplantados para o citoplasma de amebas livres de endossimbiontes, estas perderam viabilidade, não acontecendo o mesmo com o transplante recíproco. Contudo, a viabilidade foi readquirida quando sujeitas a micro-injecção de bactérias. A separação dos parceiros simbióticos também se mostrou drástica para ambos, situação que foi ultrapassada quando se procedeu à reintrodução do endossimbionte no hospedeiro. A formação de simbiossomas constituiu a principal alteração estrutural provocada pela simbiose, que também contribuiu para a síntese de três novas proteínas: uma, sintetizada pela
bactéria, e transportada para o citoplasma do hospedeiro através de vesículas membranares; outra, sintetizada pela xD-ameba, exercendo um efeito letal quando injectada em amebas não simbióticas; e por fim, uma glicoproteína que está presente
na membrana dos simbiossomas e que desempenha um papel fundamental na prevenção da fusão lisossomal com estes. O facto da simbiose ter provocado total interdependência dos parceiros, aliada a alterações estruturais e fisiológicas, contribuiu para que Jeon propusesse que as xDamebas constituiam uma nova espécie do gênero Amoeba. A integração de simbiontes e consequentes alterações constitui, assim, um mecanismo de especiação de máxima importância, para além de dar origem a novos genomas que estão na base de alterações bem mais significativas do que as que resultam de mutações, hibridação ou alteração de ploidia. A transferência horizontal de genes, como deslocação de genes entre organismos distantemente relacionados, é um processo que permite a aquisição de novos genes e funções, e só pode ser consubstanciado pela simbiogênese. Embora facilmente aceite entre bactérias, foi considerado um acontecimento raro entre bactérias e organismos multicelulares, padrão que tem sofrido alterações."

Conclusão:
O tempo (milhares de anos) pode definir endossimbiose como um evento evolutivo ou ecológico. Hoje temos ferramentas modernas para estudar melhor esse eventos. Essas ferramentas incluem dados moleculares que facilitam a visualização da dependência entre os organismos, por exemplo, através da presença de genes que não o do hospedeiro em seu conjunto genético (possível evidência de transferência lateral de genes). E estudar a relação desses organismos tem importância no sentido de que eventos endossimbióticos podem ser geradores de diversidade. Além disso, esses possíveis novos eventos podem modificar a diversidade da vida eucariótica (novas relações entre os organismos) e, a longo prazo, podem modificar o rumo dos eucariontes na história da vida (novos processos? novas organelas?).

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