Ensaio 01
Data: 09/03/2018
Público alvo: Colegas de disciplina
Para poder usar um modelo como ferramenta não precisamos entender como a ferramenta funciona. O importante para usar o modelo é entender a estrutura. A ferramenta só precisa realizar a função que eu necessito. Escolho a ferramenta que seja mais eficiente. Na ciência isso ocorre constantemente. Como exemplo quando vou fazer uma reconstrução histórica. Uma boa ferramenta para escolher o modelo Maximum Likelihood.
COMENTÁRIO DAN: Bacana, as peças estão aí. Tentar buscar mais coesão entre as frases - fundamentalmente faltam algumas explicações no meio do caminho.
Comentário Beatriz: As frases estão um pouco soltas, é preciso conectar melhor as ideias para que o leitor possa acompanhá-las. Senti a falta de algumas explicações, acredito que é por isso que as frases parecem um pouco soltas. Achei boa a ideia de dar um exemplo, mas é necessário destrinchar um pouco para que o leitor consiga ver a conexão entre o exemplo e a ideia que está tentando passar.
Ensaio: 03
Data: 23/03/2018
Público alvo: Colegas de disciplina
Opisthokonta é um bom exemplo de grupo monofilético que precisou ser mais analisado para confirmação de tal termo.
Esse "supergrupo" apresenta como característica comum, entre seus membros, a presença de um único flagelo (na fase haplóide, no caso de espécies com desenvolvimento e diferenciação celular posterior). Mesmo com tal característica (evidente) foram necessárias pesquisas e investigações para poder demonstrar a relação filogenética entre os grupos que pertencem a este importante "supergrupo". Tal análise foi feita comparando Opisthokonta com outros "supergrupos" e através da constatação de qual era a relação entre os grupos que pertencem a cada um desses "supergrupos". A avaliação do núcleo celular confirmou a relação monofilética entre os grupos pertencentes ao "supergrupo". Portanto mesmo conhecimentos consagrados precisam ser analisados mais profundamente para confirmação, pois novos conhecimentos surgem e são descobertos (como por exemplo, neste caso, a descoberta/classificação de novos grupos) e novas técnicas e tecnologias são desenvolvidas (como por exemplo análises moleculares que existem atualmente e não existiam quando só se faziam analises anatômicas/morfológicas que ainda são muito importantes).
Comentário do Juan: A abudância de parenteses prejudica o fluxo da leitura. Pessoalmente, prefiro o uso de pronomes possessivos a palavras como "tal", ou "este"/"aquele". Por exemplo:
[Essa] análise foi feita comparando Opisthokonta […]
Além disso, há uma ou duas pontuações que poderiam ser melhoradas. e.g,
Esse "supergrupo" apresenta como característica comum, entre seus membros[:] a presença de um único flagelo.
Mas fora isso, as componentes das frases estão bem construídas. Falta, basicamente, mudar a ordem.
Ensaio: Optativo
Data: 13/04/2018
Título do meu ensaio: A atual classificação dos seres vivos
Público alvo: Colegas de disciplina
Em 1970, o microbiologista Carl Woese propôs uma nova classificação dos seres vivos com base na análise de uma sequência genética conservada em todos os seres vivos (sendo muito útil para comparação), criou uma nova
categoria taxonômica superior a reino (chamada domínio) e dividiu os seres vivos em 3 domínios: Archea,
Bacteria e Eucarya. Através dessa nova classificação o grupo dos procariontes (anteriormente unido em
outras classificações), por possuir subgrupos muito distintos entre si, foi separado em dois domínios
diferentes. Já os eucariontes, por serem muito parecidos entre si, formam um só domínio. O domínio Archea
está relacionado de maneira próxima aos eucariontes (podendo ter dado origem a estes). Os eucariontes
representam os reinos animal, vegetal, dos fungos e até outros grupos pertencentes aos reinos representados,
em classificações anteriores, como Protista e Protoctista. Os reinos Monera e Protista não são mais
considerados tendo valor taxonômico por não serem monofiléticos (onde todos os seres vivos desse grupo
compartilham uma espécie ancestral comum) como os reinos Animalia (animais), Plantae (vegetais) e Fungi (fungos).
Comentário do Juan: A frases estão todas bem estruturadas, mas estão embaralhadas. Isto é, há um excesso de apostos e parenteses que prejudica o fluxo da leitura. O texto seria mais legível se fosse mudada a ordem das orações, que por si sós estão bem contruídas. Então pode ser vantajoso evitar separações muito bruscas. Por exemplo, ao invés de
O domínio Archea está relacionado de maneira próxima aos eucariontes (podendo ter dado origem a estes).
ficaria melhor
O domínio Archea está relacionado de maneria próxima aos eucariontes, e podem ter sido sua origem.
ou ainda
O domínio Archea está relacionado de maneria próxima aos eucariontes, a quem podem ter dado origem.
Também pode ser melhor o uso de construções mais diretas. e.g., subtituíndo
Os reinos Monera e Protista não são mais considerados tendo valor taxonômico por não serem monofiléticos
por
Os reinos Monera e Protista não são monofiléticos e não tem mais valor taxonômico nessa classificação.
Ensaio: 04
Data: 20/04/2018
Título do meu ensaio: A endossimbiose
Público alvo: Colegas de disciplina
A endossimbiose ocorre na natureza atualmente? Assim como historicamente houve um evento muito importante de endossimbiose possivelmente originado de uma alphaproteo bactéria (aeróbia) que ao ser engolida (fagocitada) por uma bactéria heterotrófica anaeróbia (com sistema endomembranas) formou a mitocôndria das células eucarióticas, houveram outras endossimbioses importantes que deixam pistas de sua existência no genoma dos ecariontes que contém genes bacterianos e arqueanos. Mas atualmente ainda ocorrem eventos de endossimbiose entre organismos amebóides e estes justificam a transferência horizontal de genes entre diferentes organismos de espécies distintas.
Comentário:
A primeira frase é extremamente extensa, o que contraria a sugestão do professor. Seria mais convenientes sentenças curtas, diretas e que mutualmente se complementem. Também existiu um erro ortográfico("ecarioticas") que poderia ser um alfo fácil para alguém interessado em nitpicking. O texto não apresenta conclusão.
Ensaio: 05
Data: 27/04/2018
Título do meu ensaio: A origem da vida na Terra
Público alvo: Graduandos do curso de Ciências Biológicas/Biologia
A forma como surgiu a vida no planeta Terra sempre foi uma questão discutida por filósofos, cientistas e pessoas em geral. Com o passar do tempo, as abordagens mudaram conforme a ciência evoluiu. A teoria da geração espontânea, ou seja, o surgimento de seres vivos totalmente formados a partir da matéria inanimada e/ou em estado de putrefação num tempo curto, pode parecer estranha para nós na atualidade, porém incentivou diversos pesquisadores a fazerem experimentos e a discutir o assunto ao longo da história. Essa teoria foi somente desacreditada pela comunidade científica depois dos experimentos de Pasteur e Tyndall, no século XIX. No entanto, como esses experimentos derrubaram definitivamente a teoria da geração espontânea e estudos de biologia mostraram a grande complexidade dos seres vivos, gerou-se, na comunidade científica, uma sensação de impotência para estudar o problema da origem da vida. Com o passar dos anos e do desenvolvimento científico, principalmente nos campos da geologia e da astronomia, os cientistas começaram a estudar questões, tais como, idade e composição química da Terra, das estrelas e do Sistema Solar e a propor teorias de como elas surgiram. Estas questões também influenciaram os pesquisadores da área biológica que começaram a questionar como surgiu a vida em nosso planeta. Devido a complexidade dos primeiros organismos (não vivos) e dos seus ambientes podemos concluir que existem quatro possibilidades: o primeiro organismo era simples e seu ambiente era complexo (origem heterotrófica); o primeiro organismo era simples e seu ambiente era simples (origem autotrófica); o primeiro organismo era complexo e seu ambiente era complexo (panspermia heterotrófica) e, o primeiro organismo era complexo e seu ambiente era simples (panspermia autotrófica).
Comentário por Isabella Gaião
Tema: como já bem conversado em aula, um tema tão abrangente não seria o ideal para se organizar em um parágrafo. "A origem da vida na Terra" pode trazer inúmeras interpretações e expectativas do leitor para com seu texto, dificultando o entendimento rápido e objetivo de um parágrafo para uma comunidade científica.
Frase título: não conta de forma geral sobre o que o texto irá falar. Dessa frase consigo extrair apenas a problemática da origem da vida, sendo que no texto você chega a mencionar possíveis hipóteses para tal acontecimento.
Desenvolvimento: essa parte está bem estruturada e segue uma linha de ideias de forma lógica. Atentar-se a orações muito longas, como por exemplo "A teoria da geração espontânea (…) discutir o assunto ao longo da história".
Senti uma necessidade de referência quando mencionado que os pesquisadores da área biológica começaram a questionar a origem da vida por influências do desenvolvimento da geologia e astronomia.
A conclusão das possíveis origens foi dada sem apresentar uma base ou referência que me permitisse concluir dessa forma.
Conclusão: por fim, senti falta de uma frase concluindo o texto como um todo, repassando e reorganizando todos os assuntos tratados.
Ensaio: 06
Data: 04/05/2018
Título do meu ensaio: O destino de genes duplicados
Público alvo: Graduandos do curso de Ciências Biológicas/Biologia
O que acontece com genes duplicados? Logo que se iniciaram os estudos comparativos de macromoléculas, notou-se que
algumas delas ocorriam em mais que uma cópia no genoma dos organismos. Essas versões diferentes
de uma mesma macromolécula foram postuladas como tendo sido resultado de duplicações gênicas,
ou seja, um gene que existia em um ser vivo no passado, passou a existir em mais de uma cópia. Esses
membros das chamadas famílias gênicas passaram a ser chamados de entidades parálogas, em
contraposição às entidades ortólogas, que seriam aquelas que ocorrem em organismos diferentes, desde
que as suas linhagens começaram a diversificar a partir do processo de especiação que ocorreu na
espécie ancestral comum mais recente. Na figura 1 as relações de paralogia e ortologia são
exemplificadas.

"Em princípio, existem três caminhos que as duplas de genes podem seguir. Elas podem manter a função original, aumentando a capacidade do organismo de produzir determinada proteína; um dos genes pode sofrer mutações que o deixarão inutilizado; ou, o mais importante, o novo gene pode ser modificado a tal ponto que adquire uma nova função". John Conery
Referências (artigo e sites/links visitados no dia 04/05/2018):
dreyfus.ib.usp.br>bio456>cap6
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ciencia/fe1311200001.htm
Comentário de Felipe Simões
Bom texto, mas faltou indicar no texto que informações foram retiradas de cada referência. A pergunta inicial também parece não estar relacionada ao resto do texto. Parece que seria mais adequada a uma hipotética continuação.
Ensaio: 07
Data: 11/05/2018
Título do meu ensaio: As diferenças entre a mitose e a meiose
Público alvo: Estudantes do Ensino Médio
A mitose e a meiose são os dois tipos de divisão celular diferentes em alguns aspectos. Como na célebre frase "Omnis cellula e cellula" (Rudolf Virchow, 1858), significando que "célula origina-se de célula", através de uma célula podem se originar novas células pelos processos de mitose e meiose. A mitose origina duas células-filhas idênticas à célula-mãe. Enquanto isso, na meiose são geradas 4 células-filhas com material genético diferente ao da célula-mãe. Além disso, as células-filhas ainda apresentam metade do número de cromossomos da célula-mãe. A meiose reduz pela metade o número de cromossomos nas células-filhas. Na mitose o número de cromossomos é mantido entre a célula-mãe e as células-filhas. A mitose ocorre na maior parte da células somáticas do corpo. Já a meiose ocorre somente nas células germinativas e esporos. Podemos concluir que tanto a mitose quanto a meiose produzem novas células, mas de formas diferentes entre si como é exemplificado na figura a seguir:

Referências:
-Rudolf Virchow. Cellular Pathology. 1858
-Figura (site visitado em 11/05/2018): https://www.diferenca.com/mitose-e-meiose/
Ensaio do Grupo formado por Donovan, Isabella e Juan:
Data: 18/05/2018
A principio, concordamos que uma definição bem formalizada é importante para uma discussão frutífera. Para esses fins, definimos:
Fontossíntese é qualquer processo pelo qual energia luminosa é transformada em energia química.
Note que pouco importa que processos não biótipos entrem na definição: as perguntas seguinte restringem nosso universo de discurso aos organismos.
A próxima pergunta seria “que organismos fazem fotossíntese?”, ou, equivalentemente, “quais as condições necessárias e suficientes para a fotossíntese?” A resposta se resume a organismos que contam com pigmentos fotossensíveis que, na interação com fótons, libera elétrons […]”
A seguir, chegamos à discussão principal: “há vantagem evolutiva para fotossíntese?”, “quais as pressões evolutivas que levaram ao surgimento da fotossíntese, se existem?” e “como historicamente surgiu a fotossíntese?”
Ensaio: 08
Data: 25/05/2018
Título do meu ensaio: A vantagem da reprodução sexuada
Público alvo: Graduandos do curso de Ciências Biológicas/Biologia
Os cientistas sempre se perguntaram por que a reprodução sexuada pode apresentar alguma vantagem evolutiva. Tal forma de reprodução gasta mais energia, quando comparada com a forma assexuada, e depende de dois indivíduos ao invés de só um para acontecer. Existem organismos que contam com as duas alternativas – há protozoários que podem se duplicar com autonomia, sem precisar de um parceiro, assegurando a continuidade de todo seu material genético, contido no DNA, mas optam pela reprodução sexuada, por meio da qual transmitem apenas metade de seus genes. “Há uma pressão seletiva em favor da recombinação de DNA” (Fontanari, 2003).
Segundo o geneticista Hermann Joseph Müller (1890-1967), as mutações (mudanças no DNA) fazem mais mal do que bem e se acumulam mais rapidamente em espécies que se reproduzem apenas de modo assexuado, num caminho sem volta, que ficou conhecido como catraca de Müller. O próprio Müller sugeriu que a reprodução sexuada, por permitir a mistura de material genético, conseguiria reverter a catraca e evitar o efeito prejudicial das mutações, hoje vistas como fonte de diversidade dos seres vivos, mas que, se não corrigidas, ao menos em parte, ameaçam a sobrevivência, por reduzirem continuamente a adaptação dos animais e das plantas ao ambiente em que vivem. Portanto podemos concluir que a reprodução sexuada é vantajosa por permitir que mutações prejudiciais não se acumulem.
Imagem ilustrando a catraca de Müller
Referências:
-José Fernando Fontanari. Evolução Molecular Teórica. 2003
-Imagem (site visitado em 25/05/2018): http://revistapesquisa.fapesp.br/2003/05/01/a-genese-do-dna/
Ensaio: Autoavaliação
Data: 08/06/2018
Título do meu ensaio: Minha autoavaliação ao longo da viagem do conhecimento e habilidades adquiridas nessa Disiciplina
Público alvo: Professor da Disciplina Principais Tendências Evolutivas nos Eucariontes
Minha nota de autoavaliação nesta disciplina é 1,0. Me dediquei muito nesta disciplina e isso se deve ao interesse que eu tive pelos conhecimentos abordados e pelas habilidades que foram exercitadas ao longo do semestre. Tal interesse se deve a forma como foram abordados (como o pensamento de análise macroevolutiva) os conceitos e incentivado o exercício e aquisição destas habilidades. Como escrita de ensaios, pensamento crítico e reflexão sobre a essência de um tema abordado sendo muito mais importante que decorar detalhes. A própria maturidade foi exercitada, vindo da liberdade que se deu e exige responsabilidade (vinda do aluno) por parte da construção do próprio conhecimento que quer adquirir, permitindo o ganho de uma habilidade muito importante.