Gabriel Antonini

Página de ensaios de Gabriel Antonini

Ensaio 1

Os impactos do aumento da complexidade dos conceitos biológicos na aceitação de ideias que quebrem paradigmas. Os conceitos discutidos pela biologia muitas vezes conflitam com questões filosóficas acerca da natureza humana, como o a importância que temos no meio em que vivemos ou “de onde viemos”. Quando comparamos as propostas de “arvores da vida” sugeridas até a década de 70 com as mais recentes, feitas usando metodologias mais científicas, temos como resultado relações de parentesco entre os seres vivos que fogem à lógica pré-estabelecida pelo estado atual do conhecimento ou ao senso comum. Um exemplo emblemático disso é o proposto parentesco mais próximo entre animais e fungos do que entre algas vermelhas e algas verdes, ou ainda a relação mais próxima entre o domínio Eukarya e Archaea do que entre os domínios Archaea e Bacteria, dois domínios compostos por seres procariontes. Um possível motivo para essa resistência na compreensão dessas propostas poderia ser o distanciamento entre o público sem uma formação biológica específica e os argumentos usados para justificar tais proposições, já que esses se baseiam principalmente em um conhecimento mais técnico e especializado. Uma vez que esses argumentos deixaram de ser majoritariamente morfológicos e, portanto, mais facilmente observáveis, para questões moleculares que exigem conhecimentos mais abstratos (estatística, algoritmos para a construção de filogenias), é possível que criou-se uma relativa “fragilidade” na aceitação dessas teorias para os leigos. Entre acreditar sem compreesão naquilo que é mais próximo à sua realidade ou em propostas que minimizam a importância da complexidade dos seres multicelulares eucariontes, escolhe-se a versão que nos coloque em uma posição “superior” na evolução.

Corrigido por : Marília Munhoz

Os impactos do aumento da complexidade dos conceitos biológicos na aceitação de ideias que quebrem paradigmas. Os conceitos discutidos pela biologia muitas vezes conflitam com questões filosóficas acerca da natureza humana, como a importância que temos no meio em que vivemos ou “de onde viemos”. Quando comparamos as propostas de “árvores da vida” sugeridas até a década de 70 com as mais recentes, feitas usando metodologias mais científicas, temos como resultado relações de parentesco entre os seres vivos que fogem à lógica pré-estabelecida pelo estado atual do conhecimento ou ao senso comum (autoridade? relevância?).Propostas filogenéticas anteriores à década de 70 favoreciam o senso comum e não dados científicos. Um exemplo emblemático disso (uso de oração subordinada) é o proposto parentesco mais próximo entre animais e fungos do que entre algas vermelhas e algas verdes, ou ainda a relação mais próxima entre o domínio Eukarya e Archaea do que entre os domínios Archaea e Bacteria, dois domínios compostos por seres procariontes. A maior proximidade entre animais e fungos se comparada com a de algas vermelhas e verdes é exemplo de mudança para as filogenias atuais. Outro exemplo disto é a maior proximidade entre Eukarya e Archaea a despeito desta última e Bacteria serem procariontes. Um possível motivo para essa resistência na compreensão dessas propostas poderia ser o distanciamento entre o público sem uma formação biológica específica e os argumentos usados para justificar tais proposições, (oração adversativa explicativa) já que esses se baseiam principalmente em um conhecimento mais técnico e especializado (autoridade). Uma vez que esses argumentos deixaram de ser majoritariamente morfológicos e, portanto, mais facilmente observáveis, para questões moleculares que exigem conhecimentos mais abstratos (estatística, algoritmos para a construção de filogenias), é possível que criou-se uma relativa “fragilidade” na aceitação dessas teorias para os leigos.(autoridade, sentimentalismo) Entre acreditar sem compreesão naquilo que é mais próximo à sua realidade ou em propostas que minimizam a importância da complexidade dos seres multicelulares eucariontes, escolhe-se a versão que nos coloque em uma posição “superior” na evolução( autoridade?).

Ensaio 2

Métodos de trabalho para a reconstrução da história evolutiva dos seres vivos. Um dos métodos mais usados na busca pelo parentesco evolutivo é a reconstrução da história evolutiva a partir de árvores filogenéticas. Há duas abordagens diferentes que podem ser utilizadas para trabalhar filogenias: a Exaustiva e a Heurística. Na exaustiva, há a proposta de construir e analisar todas as árvores filogenéticas possíveis para, em seguida, determinar qual delas poderia ser a árvore correta. Entretanto, quanto maior o número de terminais trabalhados simultaneamente, maior fica o universo de possibilidades de filogenias em que estaria localizado aquela que representa a história evolutiva correta. Na abordagem Heurística há o estabelecimento de regras lógicas que excluem possibilidades a serem analisadas. Essa abordagem resulta em um número menor de árvores, mas se faz necessário um estudo prévio para a eliminação de possibilidades que possam ser desconsideradas.

Corrigido por: Sara

Métodos de trabalho para a reconstrução da história evolutiva dos seres vivos (faltou um verbo). Um dos métodos mais usados na busca pelo "parentesco evolutivo" ( talvez deixar apenas parentesco para não repetir a ideia da evolução) é a reconstrução da história "evolutiva" a partir de árvores filogenéticas. Há duas abordagens (tipos de busca talvez fosse mais adequado) diferentes que podem ser utilizadas para trabalhar filogenias: a Exaustiva e a Heurística. Na exaustiva, há a proposta de construir e analisar todas as árvores filogenéticas possíveis para, em seguida, determinar qual delas poderia ser a árvore correta. Entretanto, quanto maior o número de terminais trabalhados simultaneamente, maior fica o universo de possibilidades de filogenias em que estaria localizado (localizada) aquela que representa a "história evolutiva correta" (melhor hipótese, e não correta). Na abordagem Heurística há o estabelecimento de regras lógicas que *excluem possibilidades a serem analisadas*. Essa abordagem resulta em um número menor de árvores, mas se faz necessário um estudo prévio para a *eliminação de possibilidades que possam ser desconsideradas*. * Repetição de ideia sem uma explicação. Talvez fosse bom tentar explicar melhor em uma única frase.

Ensaio 3

A convergência evolutiva pode ser classificada em três tipos: Convergência Paralela, Convergência Proximal e Convergência Final. Convergência paralela é aquela em que há uma alta proximidade filogenética entre os indivíduos. Isso tem como consequência caracteres indistinguíveis entre os organismos. Na maioria dos casos, a diferença entre eles aparece quando estes são estudados em um nível molecular. Convergência Proximal é aquela em que há uma proximidade filogenética moderada. Nesta, há um parentesco comum mais distante, mas é possível distinguir facilmente os caracteres e os seres vivos. Um exemplo tradicional dessa convergência é a semelhança morfológica entre o ictiossauro, o golfinho e o tubarão. Convergência final é aquela em que há uma grande distância filogenética entre os seres vivos. Nela, os caracteres tem uma origem completamente distinta em sua composição e formação. Um exemplo de convergência final é a movimentação sinusoide do verme Caenorhabditis elegans e do apicomplexo Selenidium serpulae. A primeira é feita através de feixes musculares, enquanto a segunda é feita pela ação de microtúbulos.

Comentários: Introdução do tema foi clara e direta. Na descrição de Convergência paralela, a forma como está descrita dificulta o entendimento. A escolha mais direta de palavras arrumaria esse problema. Sugestão: Convergência paralela ocorre quando há alta proximidade filogenética entre indivíduos, consequentemente seus caracteres não são correlativos (ou não são distinguíveis entre si). Na maioria dos casos, a diferença entre eles aparece quando são estudados em nível molecular.
Um ponto bastante positivo do texto foi a presença de exemplos associados ao termo. No geral, sugiro que seja mais direto na escrita e continuar usando exemplos dessa forma :)
- Correção por Amanda Chiaramonte

Ensaio 4

Hipoteses “Chupacabra” podem levar a interpretações incorretas de resultados científicos. As hipóteses chamadas de “Chupacabra” ou “Pé grande” são aquelas em que primeiramente se cria um alvo de estudo e, em seguida, busca-se evidências para justifica-la. Esse tipo de hipótese pode ser um problema porque foge à forma que o método científico é feito. No método científico primeiramente se faz uma observação de algum evento. A partir deste, cria-se uma hipótese, que deverá ser testada. Dessa forma, temos um resultado imparcial que deve negar ou confirmar a hipótese inicial. Embasar o estudo numa hipótese “Chupacabra” cria a possibilidade de encontrar resultados pouco representativos para o problema em questão. A busca exaustiva por resultados que confirmem sua hipótese pode fazer com que o resultado que representa a exceção seja considerado e o grande volume de dados representativos sejam descartados.

Comentário: Muitas frases estão grandes pelo uso de orações subordinadas. Tente quebrar os períodos em orações independentes. Tente trocar orações subordinadas adjetivas por adjetivos. Exemplo:" A busca exaustiva por resultados confirmativos …" ao invés de " A busca exaustiva por resultados que confirmem…"

Corrigo por: Marília Munhoz

Ensaio 7

Existe uma grande diferença entre os processos de fossilização de eucariotos com organização mais complexa e eucariotos com organização mais simples. Isso se deve à forma pela qual os processos de fossilização ocorrem. A maior parte deles ocorre através de duas maneiras: fossilização por impressão e fossilização por mineralização. No primeiro caso, há uma deposição de sedimento sobre o ser vivo. Com o tempo, o sedimento se torna uma rocha que mantem uma espécie de “impressão digital” dele. Na fossilização por mineralização, as partes rígidas do ser vivo vão aos poucos sendo substituídas por minerais. Ao fim do processo, teremos um registro “em rocha” daquilo que um dia foram essas partes desses organismos. Nesse contexto, há uma grande dificuldade na fossilização de seres eucariontes unicelulares. Eles não possuem um tamanho corpóreo grande o suficiente para deixar uma impressão clara e fácil de ser encontrada no registro fóssil. Além disso, pela pobreza de fosseis mineralizados desses grupos, podemos supor que a maior parte da população de eucariontes deveria ser composta por uma célula sem estruturas morfológicas minerais.

Ensaio 8

A teoria darwiniana é muitas vezes resumida como “a sobrevivência do mais forte”, porém esta é uma concepção incompleta. A Seleção Natural não coloca como condição de sucesso a capacidade de algum organismo possuir alguma característica em seu limite. A seleção natural atua com um mecanismo de trade-off na natureza. Todo investimento feito pelo ser vivo em alguma estrutura do seu corpo tem um determinado “custo”. Esse custo pode se manifestar de diversas formas, como a mobilização dos nutrientes disponíveis para o ser vivo ou hábitos de vida. O “investimento” costuma resultar em um aumento da sua capacidade de sobrevivência. Porém, há situações em que o excesso do custo para maximizar a eficiência de determinada característica pode resultar em uma redução da sobrevivência do organismo. Como exemplo, podemos pensar no papel do casco da tartaruga no sucesso evolutivo do grupo. Devido à sua rigidez, o casco garante proteção contra predadores. Quanto mais duro o casco, maior seria a proteção. Entretanto, a produção de um casco mobiliza proteínas e íons de cálcio que deixariam de ser utilizados em outros processos vitais da tartaruga. Além disso, a tartaruga poderia ter seu habito de vida prejudicado pelo peso que o casco exageradamente rígido poderia adquirir. Portanto, a seleção natural não se resume a ser mais forte ou mais resistente. Para cada espécie, no caso das tartarugas, há um ponto ótimo na relação “rigidez/gasto de recursos”. Este seria influenciado por diversos fatores do seu nicho ecológico, como predadores e hábitos alimentares.

Ensaio 9

O Tema do meu ensaio será: A imortalidade nos eucariontes - um modelo de estudo para o envelhecimento. Devido à greve estudantil, fomos impedidos de assistir a aula do dia 20/05. No entanto, esse é um dos temas que mais me interessou no cronograma de aulas. Sou professor e decidi fazer o ensaio sobre uma discussão entre imortalidade e envelhecimento porque esses são temas que são muito comumente levantados por alunos durante as aulas. Com isso, acredito que consiga aplicar o aprendizado do aprofundamento nesse tema com facilidade. Pretendo discutir a relação entre a imortalidade e o envelhecimento. No contexto dessa discussão, pretendo levantar quais são as formas que a imortalidade pode ocorrer nos eucariotos - de seres uni à multicelulares. Além disso, pretendo introduzir questões básicas sobre o envelhecimento celular. O ensaio será escrito no modelo de capítulo de livro de Ensino Médio.

Ensaio 10

Assuntos que pretendo discutir no Ensaio:
- Imortalidade na cultura humana;
- Discutir as diferentes "formas" de imortalidade - "alma", corpo e reprodução assexuada;
- Exemplificar quais os principais modelos usados como eucariontes imortais;
- Relação entre imortalidade e envelhecimento;
- Explicar envelhecimento celular - Telômeros, Stress Oxidativo.
- Fazer relação com envelhecimento humano.
- Conclusão.

Leituras para elaboração do texto:
- Capítulo 1 do Livro Sex and Death in Protozoa (leitura de obrigatória)
- Capítulo 5 do Livro Sex and Death in Protozoa (leitura de obrigatória)
- Artigo: Evelhecimento e telomerase - www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18391173
- Artigo: Evelhecimento Humano - www.nature.com/nrg/journal/v6/n8/full/nrg1656.html
- Artigo: Stress oxidativo e envelhecimento - www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20872368

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