Mirian Antonicelli

Ensaio Opcional

A partir da proposição da teoria da evolução, o estudo da biologia passou a se preocupar em compreender as relações de parentesco entre os seres vivos. Tais relações são representadas por meio de diagramas conhecidos como árvores da vida, cujos critérios de organização, como acontece em quase tudo em ciência, são arbitrários. Por exemplo, Robert Harding Whittaker, em 1979, propôs uma árvore da vida na qual organizou a árvore da vida nos famosos "Cinco reinos de Whittaker" dando prioridade à forma de alimentação dos organismos: fotossíntese, absorção e ingestão. Posteriormente, foram usadas técnicas moleculares baseadas na subunidade 18 do ribossomo para organizar os organismos.

Comentário por Alexandre

O ensaio está dentro do formato de texto científico apresentado em aula, com uma oração título e orações não muito longas, de modo que não comprometam ou tornem a leitura cansativa. A oração título, porém, poderia ser um pouco mais específica, uma vez que é muito abrangente se relacionada com o que é tratado no resto do ensaio. Há a repetição de termos em uma mesma oração (no caso 'árvores da vida', na quarta linha), que poderiam ser substituídos ou omitidos, de modo a encurtar o texto sem que o sentido seja perdido.

Ensaio 1 - Diversidade de métodos de construção de árvores da vida

Cientistas de diferentes áreas utilizam métodos diferentes para construir árvores da vida, em função dos objetivos diferentes por trás dessa construção. A sistemática, por exemplo, costuma estar preocupada em classificar os organismos que existem atualmente. Além disso, sua base de dados é muito extensa, de modo que é necessário um modelo simplificado. Assim, convencionou-se utilizar um método de construção de árvores filogenéticas que pressupõe que todos os organismos, ou grupos de organismos, são necessariamente um terminal da árvore. Isso implica que todo o passado (nós e ramos internos) dos grupos estudados tem de ser necessariamente hipotético. Já a paleontologia, por outro lado, busca reconstruir a história evolutiva de uma linhagem de organismos, de maneira a inserir as evidências fósseis encontradas de modo coerente. A fim de cumprir esse objetivo, é conveniente representar algumas espécies fósseis como ancestrais comuns (nós) dos terminais (ramos externos), o que não seria aceito no modelo sistemático. Essas duas abordagens para a construção de um modelo de árvore de vida aqui exemplificadas parecem conflitantes. Entretanto, tratam-se apenas de recortes diferentes, necessários para que sejam alcançados os objetivos das diferentes áreas, mas que acabam por compor uma visão mais geral da história evolutiva.

Comentário por Daniel Castro Pereira

A conexão entre as frases é coerente e lógica. Porém, alguns períodos poderiam facilmente ser divididos em dois ou mais, de forma a deixar o texto mais fluido. Por último, frases que começam com verbos poderiam ser remanejadas para serem escritas na ordem direta.

Ensaio 2 - Reprodução de Ciliados

Os ciliados se reproduzem de maneira bastante elegante. Isso de deve ao fato de possuírem dois núcleos separados: o macronúcleo e o micronúcleo. O primeiro é derivado do micronúcleo e está relacionado exclusivamente a funções vegetativas da célula. É composto por várias cópias de genes isolados descondensados, que são transcritos continuamente. Já o segundo está relacionado apenas a funções reprodutivas. Permanece condensado na maior parte do tempo, de maneira que não sofre stress de transcrição. Quando ocorre reprodução sexuada, dois indivíduos se conjugam e seus respectivos micronúcleos (2n) sofrem meiose. Os núcleos (n) obtidos da meiose são trocados. Em cada célula ocorre, então, a fusão de um micronúcleo haplóide do indivíduo original com um micronúcleo haplóide do outro indivíduo. Assim, são obtidas duas células com micronúcleos com genomas novos. Durante todo esse processo, o macronúcleo antigo continua ativo, mantendo o metabolismo celular. Depois da desconjugação, as células sofrem mitose. Durante a mitose, os macronúcleos antigos se desfazem. Então, as quatro novas células obtidas formam seus novos macronúcleos a partir de seus micronúcleos. Logicamente, esse processo de reprodução é um modelo. Ocorrem variações em função da espécie e das condições ambientais. Porém, o modelo permite a contemplação da elegância da reprodução dos ciliados.

Comentário por Stephanie

As frases estão claras e seguem o modelo proposto de subs+verb+pred. Depois de ler novamente, ficou bem fácil de entender o processo. O texto é descrivito e apresent uma lógica de construção. O uso de "primeiro" e "segundo" pode não ser muito adequado, já que é relativamente fácil confundir "macronúcleo" com "micronúcleo".

Ensaio 3 - Nomenclatura biológica

Segundo os códigos de nomenclatura atuais[1,2], toda espécie de ser vivo deve possuir um material tipo para ser considerada como uma espécie conhecida. O material tipo é um testemunho físico da existência do ser vivo descrito, podendo ser apenas uma parte do organismo, o todo do organismo, ou mesmo uma colônia no caso de alguns protistas. Esse material é depositado em um local preparado para armazená-lo por centenas de anos, como o acervo de um museu de história natural. O tipo serve como material de consulta, de modo que pesquisadores possam estudá-los e verificar, por exemplo, se um animal que estão estudando é mesmo da espécie que acreditam ser. Esse sistema de associação de um nome a um tipo é bastante antigo. Por isso suscita algumas controvérsias atualmente, como a possibilidade de descrever uma espécie por meio de fotografias, ou o próprio conceito de espécie. Apesar dessas controvérsias, atualmente o nome de uma espécie continua sendo obrigatoriamente associado a um tipo para ser reconhecido.

Referências
[1] Código Internacional de Nomenclatura Zoológica
[2] Código Internacional de Nomenclatura Botânica

Comentário por Raphael Bassanello

Interessante. Em um pequeno excerto você cobriu de forma rica um tema bastante curioso. Em um próximo ensaio recomendo que você tente fazer períodos mais curtos, que garantem que o leitor vai ficar concentrado e entretido.

Ensaio 4 -

Possíveis temas:

  • dificuldade metodológica: último ancestral comum x primeiro do grupo
  • evento poluidor: emissão de CO2//O2
  • toponímia: devaneios de pirassununga

Ensaio 5 - Endossimbiose ou endoparasitismo?

Ensaio 6 - Genes em filogenia

É imprescindível a utilização de mais de um gene para construir uma árvore filogenética baseada em dados moleculares. Relações filogenéticas traçadas a partir de apenas um gene são relativamente fáceis de construir. Nesses casos, não é necessário achar um consenso entre diferentes dados. No entanto, esse tipo de árvore representa a história de apenas um gene, que costuma ser diferente da história dos organismos em si. Isso porque genes isolados passam por processos como transferência lateral, extinção e duplicação. A fim de contornar os efeitos dos processos isolados pelos quais passam os genes individualmente, é necessário achar um cerne comum da história de vida desses genes. Tal cerne comum é o mais próximo que conseguimos chegar da história filogenética dos organismos em si.

Comentário por Maiumy Honda

- Incluir exemplos de árvores que foram alteradas com a inclusão de mais genes.
- Você menciona que ao usar apenas um gene, não é necessário encontrar um consenso entre diferentes dados, mas não deixa claro quais dados são esses. Também não foi citado que isso se opõe à árvores que são construídas a partir de diversos genes.
- Incluir esquemas que mostrem os processos de transferência lateral, extinção e duplicação e como eles alteram a história de um gene.

Ensaio 7 - A problemática da nomenclatura binomial

O método de nomenclatura binomial é problemático por conta da instabilidade das filogenias[1]. O primeiro componente de um nome científico, o gênero, é o mais informativo. O gênero diz muito mais sobre a localização filogenética de um organismo do que a espécie. No caso de Bambusa vulgaris (bambu), por exemplo, "Bambusa" é mais informativo que "vulgaris", já que "vulgaris" aparece em vários outros nomes de espécie, como Phaseolus vulgaris (feijão). Porém, o gênero também é menos estável. Novas árvores filogenéticas podem revelar relações de parentesco que colocam um organismo em um gênero diferente daquele no qual ela foi classificada quando descrita. Assim, se faz necessário adequar o nome do organismo ao novo gênero no qual ele foi colocado. No caso hipotético da figura 1, por exemplo, inicialmente exitem dois gêneros bem definidos: Alpha e Beta. Entretanto, a descoberta de uma espécie nova, a Beta novus, coloca Beta carotenus mais perto do gênero Alpha do que de Beta. Então, afim de manter a monofilia dos grupos, torna-se necessária uma adequação do nome de Beta carotenus para Alpha carotenus. Essa situação ilustra como a instabilidade do componente mais geral do nome de um organismo, o gênero, pode causar confusões quanto ao seu nome e classificação.

filogenia2.png

figura 1

Referências

[1] CANTINO, Philip D.1999.Species Names in Phylogenetic Nomenclature. Syst. Biol. 48(4):790–807

18 de maio - Fotossíntese

O que é?

Fotossíntese é um com conjunto de reações metabólicas que convertem energia luminosa (eletromagnética) em energia química por meio de pigmentos.

Quem faz?

fotossintetizantes.png

Fotossíntese em bacterias púrpuras sulfurosas

  • centro de reação das bactérias roxas é similar ao centro de reação do fotossistema II
  • fotossíntese anóxica, sendo ácido sulfídrico o doador de eletrons
  • fotossíntese cíclica
  • o pigmento usado é bacterioclorofila 800 - 850
  • a descoberta de bacterias fotossintetizantes anóxicas mudou a definição geral da fotossíntese

Ensaio 8 - O ciclo de vida de Rotíferos

desidratação -> quebra do DNA -> reconstrução do DNA
mecanismo de crossing over alternativo
sucesso em assexuais

Autoavaliação

Eu me dou a nota 1. A disciplina me ajudou muito a desenvolver confiança na escrita. Também senti que aperfeiçoei a habilidade pesquisa para referências. Não consegui cumprir todos os compromissos por causa de contratempos da vida. Mas, como sei que me dediquei o máximo que poderia a essa matéria nesse semestre, me dei a nota máxima. Pretendo manter o hábito de escrever semanalmente, já que gostei muito da experiência.

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