Ensaio Opcional
Várias classificações filogenéticas foram feitas ao longo do tempo e apesar de possuírem critérios diferentes, de algum modo, todas apresentavam uma ideia de homologia entre os seres vivos, indicando um parentesco entre eles. Todavia, por muito tempo essas classificações e proposições da "árvore da vida" tinham um viés antrópico considerável, ou seja, passavam uma mensagem de hierarquia entre os organismos, na qual, nós, humanos estávamos no topo de uma cadeia unidirecional, como seres mais evoluídos. Isso mudou radicalmente a partir dos anos 70, pois os cientistas começaram a ter uma visão mais ampla da evolução e começaram a utilizar métodos de classificação diferentes, a partir de moléculas que estão presentes em todos os organismos. A consequência disso foram resultados mostrando que a diversidade de microrganismos é maior em relação a nós primatas. Portanto, a vida na Terra não é unidirecional e sim uma teia, na qual, cada ser vivo é adaptado para o seu habitat e possui sua própria complexidade.
Ensaio 1
Em um cladograma filogenético existem os terminais, as linhas que os conectam e entre esses dois, os nós. Os terminais são os materiais biológicos com que se está trabalhando, ou seja, é aquilo que se apresenta na natureza, podendo ser grandes grupos, espécies, genes ou mesmo moléculas específicas de algum ser vivo. As linhas representam a história entre os terminais, ou seja, as características que surgiram ao longo do tempo e que definem sua relação de parentesco. Já os nós representam o último ancestral comum hipotético entre os terminais, ou seja, este foi a última linhagem que carregou as características das linhas e a partir dele, as linhagens se dividiram e se diversificaram. Portanto, um cladograma é a tentativa de entender as relações evolutivas e de parentesco dos seres vivos.
Comentários de Roberto Baptista (Ensaio 1): A frase 2 está longa, poderia diminui-la substituindo " grandes grupos…. até algum ser vivo" por grandes grupo ou até proteínas, por exemplo. A frase 4 poderia terminar em "terminais". O restante dessa frase eu achei confuso.
Ensaio 2
Um táxon é um conjunto de linhagens de organismos com relações de parentescos. Neste táxons existem linhagens basais e derivadas. As linhagens basais podem ser organismos menos amostrados ou menos diversos. As linhagens derivadas são organismos mais amostrados ou mais diversos. Um exemplo disso ocorre no táxon de Amebozoa. Myxomyceto é uma linhagem basal e Arcella um grupo derivado. Arcella é derivado por ser um dos grupos mais amostrados ou diversos. Portanto, em um táxon não existe uma hierarquia de complexidade, nem uma relação temporal. Em um táxon, diversidade e parentesco são os critérios mais importantes da classificação.
Ensaio 3
A Hipótese chupacabra é uma alegoria que se refere a um ser "mítico" descrito a partir de poucos dados. Posteriormente, há a tentativa de uma busca por evidências que corroborem a descrição. Entretanto, pouco é feito para tentar refutar a hipótese proposta. Na sistemática, um exemplo claro dessa alegoria é o grupo dos Chromoalveolados. Quando se olhou para os dados moleculares dos plastídios adquiridos por endossimbiose secundária, o grupo se mostrou monofilético. Para corroborar essa ideia, haveria a necessidade se se analisar dados moleculares do núcleo. Um estudo, ao fazer isso, demonstrou o monofiletismo. Todavia, esse estudo utilizou apenas duas linhagens integrantes do grupo proposto, demonstrando a busca por evidências para corroborar a ideia. Portanto a hipótese chupacabra é demonstrável nesse caso, pois depois de analisado dados moleculares nucleares de todos os integrantes do grupo, o monofiletismo se desfez.
Ensaio 4
Lynn Margulis foi a responsável por elaborar a hipótese da endossimbiose moderna. Essa hipótese foi consideravelmente complexa dado as poucas evidências que ela possuía na época. Margulis propõe que há a endossimbiose de um organismo aeróbico por um heterotrófico anaeróbico. Essa relação estaria intimamente ligada com o surgimento da mitose que conhecemos hoje. Sem mitose, não haveria a consolidação da endossimbiose. Então haveria uma disputa de controle genético nessa relação, na qual aquele que tomasse o controle de orquestrar a divisão celular, controlaria a célula. Aquele que perdesse essa disputa teria grande parte do seu material genético considerado obsoleto e assim o perderia. Essa hipótese foi defendida a partir de várias evidências, porém, foi com o sequenciamento genético que se comprovou. Todavia, ainda há etapas que ainda não foram explicadas, dando espaço à hipóteses alternativas de como essas etapas ocorreram.Uma delas é a hipótese do hidrogênio. Nessa hipótese existiria uma archea. Esta possui a capacidade de respirar oxigênio, eliminar CO2e H2O e de quebrar piruvato em H2, CO2 e acetato. No mesmo ambiente existiria uma bactéria anaeróbica que utilizaria o hidrogênio e CO2 para prduzir energia e eliminar CH4. Em algum momento essa bactéria ficaria dependente do H2 eliminado pela archea. Assim haveria troca lateral de genes. E, portanto, a endossimbiose aconteceria, com a integração metabólica consolidada.
Ensaio 5
"Stem group" é o grupo de organismos encontrado apenas no registro fóssil e que não possui afinidade com seus semelhantes atuais. Um exemplo disso é o eucarionte mais antigo já registrado, o Tappania plana. são corpos de tamanho relativamente próximos a eucariontes e com projeções também semelhantes com que eucariontes possuem. Porém, esses corpos apresentam uma morfologia totalmente dissonante com qualquer eucarioto existente hoje. Em oposição a esse conceito, existe o "Crown group". Esses são organismos que aparecem apenas no registro fóssil, porém sua morfologia possibilita uma classificação dentro de grupos modernos. Um exemplo disso é o grupo Bangiomorpha. esse grupo possui organismos com uma morfologia parecida com algas vermelhas e isso faz com que haja a possibilidade de se classificar esse organismo dentro desse grupo atual.
- Comentário de Bruno Bezerra: A frase tópico se refere a apenas metade do texto, poderia referenciar os dois conceitos abordados. Acho que o recorte de conceitos é grande demais para um parágrafo só. Além disso, senti que não foram tão bem explicados esses conceitos, talvez valesse a pena cortar em dois períodos a explicação e resumir menos. Por fim, também seria legal ter trabalhado melhor a conexão entre os dois assuntos (Stem x Crown), provavelmente como uma conclusão no último período.
Ensaio 6
A reconstrução filogenética é a análise de parentesco entre os organismos. uma forma de análise é a partir da história evolutiva dos genes. Para se classificar as linhagens na reconstrução, se procura homologias, ou seja, sequências que possuem a mesma origem. Porém, existem mais de um tipo de homologia. Uma delas é quando há uma duplicação gênica no início da história, gerando duas linhagens e posteriormente essas duas linhagens sofrem especiação. Nessas duas espécies resultantes, o gene possui uma origem em comum, possuem a mesma história. Agora, no outro exemplo, a especiação ocorre antes e a duplicação gênica depois. As duas espécies nesse caso possuem o gene. Eles são homólogos. Mas possuem histórias evolutivas diferentes. Isso dificulta e muito as reconstruções filogenéticas. Portanto a escolha gênica que se faz para análise de parentesco deve ser cuidadosa e criteriosa.
Comentário Anna 05/05: A quantidade de conteúdo do parágrafo foi bem escolhida. A maioria das frases são curtas e claras. A frase longa que define homologia poderia ter sido quebrada em duas, assim ficaria mais curta e a definição de homologia poderia ser melhor explicada. Ao ficar no final de uma frase longa, sinto que ela ficou mais confusa e demandou mais atenção e esforço de mim como leitora. Porém, fiquei na dúvida em relação ao conteúdo. A princípio fiquei na dúvida se seria uma confusão entre homologia e homoplasia mas percebi depois que seria uma descrição de paralogia. É isso? Nesse caso, acho que uma explicação mais detalhada pode ajudar, especialmente de duplicação gênica e nas implicações para as reconstruções.
Aula de Origem e evolução da fotossíntese
Aula de Origem e evolução da fotossíntese
Lucas Veronez (10302194)
1- O que é fotossíntese?
• Nessa primeira parte da aula, eu introduziria o conceito de fotossíntese, demonstrando a variedade de tipos de fotossíntese que existem com as imagens de ciclos diferentes de fotossíntese, seja ela oxigênica ou não.
• Juntamente com isso, eu mostraria a diversidade de organismos hoje que fazem essas variadas formas de fotossíntese.
2- Possível origem da fotossíntese e explicação da evolução ao longo do tempo.
• Na segunda parte da aula eu introduziria as várias hipóteses de como surgiu as primeiras vias metabólicas de fotossíntese e como elas podem ter evoluído para a fotossíntese oxigênica. Explicaria a hipótese de transferência de genes e também a hipótese de duplicação dos genes.
• Explicaria como os cientistas descobriram a origem da fotossíntese oxigênica com o GOE e introduziria as hipóteses alternativas.
• Juntamente com isso, eu elencaria os microrganismos possíveis que seriam basais no processo de fotossíntese não oxigênica e elencarias os organismos que começaram a produzir fotossíntese oxigênica.
3- Quais as consequências da fotossíntese oxigênica
• Mostraria as consequências da origem da fotossíntese oxigênica. Passando pela camada de ozônio, possibilidade de conquista do ambiente terrestre, origem da multicelularidade e surgimento da biodiversidade oriunda desse processo.
OBS.: Como eu não fiz essa aula semana retrasada e semana passada pediu-se para fazer crítica a própria aula, eu venho aqui propor ao invés de eu criticar a própria aula eu dizer como eu ministraria essa aula na sala de aula.
Bom, a primeira coisa que faria, seriam os slides, onde colocaria pontos chaves e as imagens que eu necessitaria para exemplificar.
Nessa aula, eu gostaria de saber qual seria o conhecimento prévio dos alunos. Então usaria o método socrático e faria perguntas daquilo que eu quero analisar de seus conhecimentos. Com isso eu consigo saber qual o ritmo e qual tempo vou precisar para explicar os conceitos da aula.
Feito isso, na parte de explicar as evidências da fotossíntese e na parte de explicar as consequências da fotossíntese oxigênica eu treinaria o raciocínio lógico dos alunos e ainda utilizando o método socrático, eu faria eles responderem os problemas de lógica propostos por essas duas partes da aula.